Uma equipe de pesquisadores do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos já está no Brasil para ajudar na investigação dos casos de nascimentos de bebês com microcefalia. A equipe, que veio ao País num convite do governo brasileiro, deverá ter a primeira reunião oficial ainda nesta segunda-feira, 30.
Além de auxiliar na análise dos mecanismos que levaram à epidemia de microcefalia, o grupo vai participar de discussões com cientistas brasileiros sobre outro achado, considerado de extrema relevância: a capacidade do zika de matar. Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, exames identificaram que uma adolescente morreu em virtude de complicações provocadas pelo vírus. Moradora do município de Benevides, no Pará, a menina apresentou manchas no corpo, náuseas e dores de cabeça no fim de setembro. Ela faleceu em outubro.
A suspeita inicial era de dengue grave, mas testes deram negativo. Uma segunda análise, feita para identificar a presença do zika vírus, trouxe o resultado positivo. A morte da adolescente, a segunda confirmada, chamou a atenção de epidemiologistas.
O primeiro caso, confirmado na sexta, o Instituto Evandro Chagas, embora relevante, foi analisado com cuidado pelos especialistas em razão das condições do paciente: ele apresentava lúpus, uma doença autoimune que pode ter graves consequências quando o organismo é afetado por bactérias ou vírus, como é o caso do zika. “Era um paciente mais vulnerável”, afirmou um integrante da equipe de pesquisa. O segundo caso, no entanto, acendeu o alerta vermelho.