Economia

Superávit do setor público de janeiro a abril soma R$ 32,448 bilhões

As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 32,448 bilhões de janeiro a abril de 2015, o equivalente a 1,73% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Banco Central, em igual período do ano passado, o resultado havia ficado negativo em R$ 32,536 bilhões. Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista.

Nos últimos dias, os porta-vozes do BC têm elogiado o esforço do governo em fazer contingenciamento, alegando que a política fiscal torna os impactos da política monetária mais eficazes. Desde outubro do ano passado, a diretoria da instituição promove um ciclo de alta dos juros básicos, atualmente em 13,25% ao ano. Na semana que vem há uma nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a corrente majoritária do mercado financeiro acredita que o colegiado irá elevar a Selic mais uma vez em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

O resultado fiscal de janeiro a abril foi influenciado pelo superávit de R$ 15,524 bilhões do Governo Central (0,83% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 17,197 bilhões (0,92% do PIB). Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 14,505 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 2,692 bilhões. As empresas estatais tiveram um resultado negativo de R$ 272 milhões no período.

12 meses

No período de 12 meses até abril de 2015, no entanto, as contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 42,615 bilhões, o equivalente a 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Banco Central, o esforço fiscal piorou em 12 meses em relação ao período encerrado em março, quando estava negativo em R$ 39,164 bilhões, o equivalente a 0,70% do PIB.

Este resultado foi influenciado pelo déficit de R$ 34,123 bilhões do Governo Central (0,61% do PIB) e de R$ 4,142 bilhões dos governos regionais (Estados e municípios) (0,07% do PIB). Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 8,861 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 4,719 bilhões. As empresas estatais tiveram um resultado negativo de R$ 4,350 bilhões no período.

Dívida

A dívida líquida do setor público subiu para 33,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em abril, ante 33,1% de março. Em dezembro de 2013, ela estava em 33,6% do PIB e, ao final do ano passado, em 34,1%. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou abril em R$ 1,897 trilhão. Já a dívida bruta encerrou o mês passado em R$ 3,468 trilhões, o que representou 61,7% do PIB. Em março, o saldo da dívida estava em R$ 3,480 trilhões, ou 62,4% do PIB. Em dezembro, essa relação estava em 63,5% e, em dezembro de 2013, em 56,7%.

No mês passado, o setor público consolidado gastou R$ 2,213 bilhões com pagamento de juros, bem inferior ao gasto de R$ 69,489 bilhões de março. O saldo também ficou menor do que os R$ 21,511 bilhões vistos em abril de 2014. Em grande parte, esse resultado reflete o ganho com operações de swap cambial no período.

Além disso, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou ganhos na conta de juros, no valor de R$ 7,488 bilhões. Já os governos regionais registraram despesa com esta conta de R$ 9,424 bilhões, e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 276 milhões. No primeiro quadrimestre de 2015, o pagamento de juro somou R$ 146,060 bilhões ou 7,78% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a despesa com o serviço da dívida chegou a R$ 377,283 bilhões ou 6,71% do PIB.

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