Economia

Bolsas europeias fecham em alta diante de otimismo com programa do BCE e China

Os mercados de ações da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, 16, diante de um sentimento positivo com o programa de relaxamento quantitativo (QE) do Banco Central Europeu (BCE) e expectativas sobre novas medidas de estímulo na China. Entre os principais avanços, o índice alemão Dax fechou na máxima histórica, ao ultrapassar o nível de 12 mil pontos pela primeira vez.

A autoridade monetária na zona do euro comprou 9,8 bilhões de euros em ativos de dívida pública durante a primeira semana do seu programa de relaxamento quantitativo, de acordo com dados publicados hoje. Por causa da necessidade de um par de dias para a resolução das compras, o número abrange somente títulos comprados até quarta-feira passada, o que sugere um forte início do programa. Além da dívida soberana, o BCE adquiriu 2,8 bilhões de euros em bônus cobertos na semana passada e 118 milhões de euros em títulos lastreados em ativos (ABS).

Comprar ativos europeus com dólar nunca foi tão barato, disseram operadores. O início do QE do BCE e a iminência de uma elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deixaram a moeda dos EUA mais cara em relação ao euro, o que se refletiu no custo maior das ações norte-americanas e barateamento de papéis europeus para investidores globais.

O índice Dax, de Frankfurt, subiu 2,24%, para 12.167,72 pontos, e o índice CAC-40, de Paris, avançou 1,01%, para 5.061,16 pontos. Em Londres, o FTSE-100 ganhou 0,94%, aos 6.804,08 pontos.

O sentimento positivo nas bolsas também foi alimentado por comentários do primeiro-ministro da China, Li Keqiang. O dirigente afirmou que, embora a economia enfrente pressão de deterioração, as autoridades têm espaço para agir e possuem “mais ferramentas” à disposição, caso a expansão fraqueje e afete o emprego.

Em Milão, o índice FTSEMib teve elevação de 0,96%, aos 22.930,92 pontos, e o PSI-20, de Lisboa, atingiu 5.789,53 pontos, alta de 0,84%. Em Madri, a valorização foi de 0,73% no IBEX35, aos 11.114,70 pontos.

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