O número de empresas do setor de serviços que projetam redução de demanda nos próximos meses aumentou em março em relação a fevereiro. Na situação atual, as avaliações tampouco são favoráveis, e quase metade dos empresários aponta o momento corrente dos negócios como ruim. A combinação destes resultados provocou a significante queda da confiança do setor de serviços em março. O índice recuou 12,1% em relação a fevereiro, informou nesta quarta-feira, 1, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com a instituição, o pior resultado veio do Índice de Situação Atual (ISA), que diminuiu 14,1%. A avaliação sobre o momento dos negócios piorou 16,6%. Segundo a FGV, a proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como boa diminuiu de 16,8% para 11,7% entre fevereiro e março, enquanto a parcela das que avaliam como ruim passou de 35,7% para 44,1% no período. Além disso, houve queda de 11,2% do indicador de volume de demanda atual.
A deterioração das expectativas (-10,7%) também foi provocada por uma piora em ambos os quesitos. Em março, houve queda de 11,8% no indicador de demanda prevista. Ao todo, a proporção de empresas que esperam aumento da demanda passou de 28,6% em fevereiro para 20,2% no mês passado, enquanto a parcela das que esperam redução aumentou de 18,3% para 22,9% no período. O indicador de tendência dos negócios, por sua vez, recuou 9,5% na passagem do mês.
Com a queda da confiança, o índice de serviços atingiu o menor patamar de toda a série histórica, iniciada em junho de 2008. Segundo a FGV, a deterioração nas avaliações se espalhou por 11 das 12 atividades pesquisadas na sondagem.