De volta ao calendário do futebol nacional depois de 29 anos, a Supercopa do Brasil será disputada no próximo dia 16 entre Flamengo, atual campeão do Campeonato Brasileiro, e Athletico-PR, vencedor da última Copa do Brasil, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Nesta terça-feira, a CBF promoveu um "Media Day" em sua sede, no Rio de Janeiro, para divulgar detalhes do regulamento e da organização da primeira edição do torneio desde 1991.
O evento contou com a participação dos dois treinadores e dos dois capitães – o português Jorge Jesus e o meia Diego, pelo Flamengo, e Dorival Júnior e o volante Wellington, pelo Athletico-PR. No lado paranaense, o técnico ressaltou a responsabilidade que o time de Curitiba carrega para este duelo.
"É uma decisão e temos responsabilidades divididas com a equipe do Flamengo. Temos um grupo de garotos, mas é um grupo altamente competitivo. E com certeza estará à altura para enfrentar o time do Flamengo", enfatizou Dorival Júnior. "É uma partida que vale muito para os dois clubes. Os dois possuem uma responsabilidade muito grande", completou.
O treinador do Athletico-PR viu semelhanças entre as equipes. "(O jogo) Espelha as duas melhores equipes de 2019. É prazeroso para qualquer profissional estar à frente, disputando e defendendo as cores da equipe. É uma valorização a essas equipes e ao próprio futebol abrir o ano com tamanha importância, altamente qualificado. Espero que possamos fazer jus a toda expectativa que foi criada com essa grande partida", acrescentou.
Wellington comentou a satisfação de iniciar a temporada do futebol nacional com um grande jogo, valendo uma taça. "É gratificante começar o ano com uma competição tão importante, com duas grandes equipes, representando bem o nosso futebol. Os torcedores estão esperando essa competição, assim como nós estamos trabalhando dia após dia para conseguir este troféu", destacou.
Para chegar ao título da Copa do Brasil, o Athletico-PR eliminou o Flamengo nas quartas de final com uma vitória na disputa de pênaltis em pleno estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Depois daquele jogo, atletas da equipe paranaense provocaram os flamenguistas com gritos de "cheirinho" e imitaram a comemoração de Gabriel. As brincadeiras foram lembradas na entrevista.
"Não é para ofender companheiros de trabalho. Futebol está chato. Hoje está quase proibido driblar (citando Neymar)", analisou Wellington. "Não temos nenhum tipo de rancor em relação a esse tipo de atitude", afirmou Diego.