O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou a mudança de cenário na economia brasileira desde o início do ano durante evento nesta sexta-feira, na Câmara Americana de Comércio (Amcham). “Os principais riscos do começo do ano retrocederam”, avaliou. “Os riscos que não foram totalmente resolvidos, foram reduzidos”, disse Levy em São Paulo.
O titular da Fazenda citou como exemplos a situação da Petrobras, que no início do ano era alvo de dúvidas sobre sua capacidade financeira caso não publicasse seu balanço no prazo estabelecido e fosse obrigada a adiantar o pagamento de bonds. “A Petrobras, que era um risco no começo do ano já abre oportunidades para investimentos”, afirmou, fazendo a ressalve que ainda há desafios, uma vez que o mercado de petróleo “mudou drasticamente” com novos níveis de preço.
Citando outra mudança na economia global que pode afetar o País, Levy afirmou que o mercado de bens de consumo na China “está extremamente modesto”. “O mundo mudou, nossos principais parceiros mudaram e o Brasil também mudou”, disse. Após descrever este ambiente, o ministro disse que o Brasil precisa de uma reengenharia da economia para voltar a crescer.
Levy voltou a dizer, em rápida entrevista após participar do evento, que o Banco Central está trabalhando para convergir a inflação para 4,5%.
“O Banco Central está trabalhando para convergir a inflação para 4,5%, mas eu direi que hoje a Focus e outros indicadores estão apontando para esta faixa (5%, 5,5%) em 2016. Mas já há um avanço nas expectativas e o importante é chegar nos 4,5%”, disse o ministro.