Economia

Tensão com política e dólar sustentam alta das taxas de juros

Os juros futuros oscilam nesta sexta-feira, 4, em alta, acompanhando o comportamento do dólar ante o real. A direção, já registrada no começo do dia, foi confirmada em ambos os mercados com a divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos. Em agosto, a maior economia do mundo gerou menos postos de trabalho do que o esperado, porém números de julho e junho foram revisados positivamente.

Segundo o Departamento do Trabalho, a economia dos EUA criou 173 mil empregos no mês passado, abaixo da estimativa de 220 mil. A criação de empregos em julho, por outro lado, foi revisada de 215 mil para 245 mil; e a de junho, de 223 mil para 245 mil. A taxa de desemprego caiu para 5,1% em agosto. A previsão era de 5,2%. Por fim, os ganhos médios por hora subiram 0,32% no mesmo período. A projeção era de 0,2%.

Internamente, a tensão com o cenário político continua, mesmo com a confirmação de que Joaquim Levy fica no Ministério da Fazenda. Profissionais do mercado citam declarações negativas do vice-presidente Michel Temer sobre a presidente Dilma Rousseff. Segundo Temer, é difícil ela continuar no poder até o fim do mandato com uma popularidade tão baixa. Além disso, há dúvidas no mercado sobre o espaço que o ministro tem para conduzir o ajuste fiscal.

Às 9h36, o DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 14,86, ante 14,71% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 apontava 14,78%, de 14,65% no ajuste anterior.

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