O emprego com carteira assinada no setor privado caiu 4,0% no primeiro trimestre de 2016 ante igual período de 2015, informou nesta sexta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Ao todo, 1,435 milhão de pessoas perderam o trabalho formal no período.
Na comparação com o quarto trimestre de 2015, a queda no emprego com carteira foi de 2,2%, o que significa um corte de 772 mil vagas registradas no período.
No sentido contrário, o emprego por conta própria, muito marcado pela informalidade e com renda média inferior ao trabalho formal, tem aumentado. Ante o primeiro trimestre de 2015, houve alta de 6,5%, com 1,413 milhão de pessoas a mais trabalhando nessa modalidade. Já na comparação com o último trimestre do ano passado, o avanço foi de 1,2%, com 274 mil pessoas a mais.
O trabalho doméstico também cresceu no período de um ano. São 202 mil pessoas a mais nesta posição, alta de 3,4% no primeiro trimestre de 2016 ante igual período de 2015. Porém, ante o quarto trimestre de 2015, houve recuo de 0,9%, com extinção de 57 mil vagas.
Setores
A indústria demitiu 1,52 milhão de pessoas no período de um ano até o primeiro trimestre de 2016, informou o IBGE, que anunciou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. O dado representa uma queda de 11,5% na comparação com os primeiros três meses de 2015.
No início do ano passado, a indústria tinha 13,242 milhões de trabalhadores no Brasil, segundo o IBGE. Hoje, são 11,722 milhões.
Apenas na comparação com o quarto trimestre de 2015, a indústria demitiu 645 mil pessoas, queda de 5,2% no contingente de empregados.
No período de um ano, o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliários, profissionais e administrativas também demitiu 656 mil pessoas. O resultado representa queda de 6,3% no contingente de empregados no primeiro trimestre de 2016 ante igual período do ano passado.