O discurso do novo diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, produziu mudanças nas previsões do mercado financeiro para a Selic do ano que vem. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central, a mediana da taxa básica de juros de 2016 subiu de 13,00% para 13,25% ao ano.
Com isso, a mediana da Selic média do ano que vem avançou de 13,95% para 14,06%. Um mês atrás, estava em 13,75% ao ano. Um mês antes estava em 12,63%. O foco da instituição sobre a meta agora foi deslocado para 2017, mas com a promessa de que seguirá “vigilante”.
Para este ano, os analistas deixaram suas projeções para a Selic inalteradas. A mediana permaneceu em 14,25% ao ano pela 15ª semana seguida, assim como a mediana para a Selic média de 2015, que continuou em 13,63% ao ano pelo mesmo período.
Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5, não houve mudanças para 2015 e a Selic segue em 14,25% – previsão apontada já há 20 semanas. Já a mediana das previsões para 2016 subiu de 12,75% para 13,00% ao ano – quatro semana antes estava em 12,13% AA.
IGP-DI
O relatório Focus revelou, ainda, que os índices de inflação que mais captam as variações de preços no atacado voltaram a subir. Segundo o documento do Banco Central, a mediana para o IGP-DI de 2015 passou de 10,14% para 10,44% – um mês atrás estava em 9,15%. Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus permaneceu em 6,00% – quatro semanas atrás, estava em 5,86%.
No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana subiu de 9,88% para 9,96%, bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, que era 9,15%. Para 2016, o ponto central da pesquisa continuou em 6,01% – quatro edições anteriores estava em 5,93%.
O IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, também bateu na casa de dois dígitos na semana passada e continuou avançando agora: a estimativa para 2015 passou de 10,02% para 10,16%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 9,86%. Para 2016, a expectativa se manteve em 5,09%. Um mês antes, estava em 5,06%.