Economia

Taxas de juros sobem influenciadas pela alta do dólar em dia de agenda fraca

As taxas no mercado de juros futuros iniciaram a semana em alta, seguindo a valorização do dólar ante o real, e com baixo volume de negócios. A agenda doméstica de dados do dia é fraca. Além disso, as questões políticas mais observadas pelo mercado – relativas ao ajuste fiscal – seguem indefinidas. Na agenda externa, os agentes econômicos reagem ao resultado da balança comercial da China, que apontou uma queda importante nas importações.

Às 9h28, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,46%, ante 15,35% no ajuste de sexta-feira, 6. O DI para janeiro de 2021 apontava 15,74%, ante de 15,63% no ajuste da última sessão.

Mais cedo, o Relatório de Mercado Focus mostrou mais uma piora nas expectativas dos analistas com relação à inflação. A mediana das estimativas para o IPCA subiu de 9,91% para 9,99% em 2015 e de 6,29% para 6,47% em 2016. Os analistas esperam agora uma Selic de 13,25% no fim do ano que vem, ante 13,00% no levantamento anterior.

Nesta segunda-feira, 9, o mercado monitora informações sobre a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, da reunião bimestral de presidentes de Bancos Centrais do BIS em Basileia, Suíça. Ele é acompanhando pelo diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Tony Volpon. Os investidores estão de olho ainda no encontro trimestral do diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, com economistas em São Paulo.

A agenda política ganha corpo a partir da terça-feira, 7. É esperada a votação do projeto da repatriação de bens nacionais no exterior na Câmara. A Casa também deve criar nos próximos dias uma comissão especial para avaliar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU). A instalação da comissão, contudo, só deve ocorrer na semana seguinte. A proposta do governo é elevar o porcentual do Orçamento que o Executivo pode remanejar dos atuais 20% para 30%.

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