Pelo quarto mês consecutivo, a Caixa Econômica Federal liderou a lista das instituições com maior volume de reclamações em relação ao tamanho do seu conglomerado. De acordo com o ranking de outubro, divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central, o total de pontos recebidos pela Caixa subiu de 10,88 pontos em setembro para 11,09 pontos no mês passado. A instituição não tinha uma pontuação tão alta desde julho, quando recebeu 12,85 pontos.
O resultado é proveniente de 863 reclamações consideradas como procedentes pelo BC, de um total de 77,780 milhões de clientes. Essa classificação por pontos é gerada por um índice que leva em conta instituições que receberam o maior volume de críticas de usuários de seu serviço em relação ao total de clientes. Todas são avaliadas pelo BC pelo seu conglomerado.
O Bradesco manteve a segunda colocação no ranking de queixas em outubro. A instituição recebeu 705 reclamações consideradas procedentes, o que levou o banco a receber 9,19 pontos, ante 9,28 pontos registrados em setembro. O Bradesco tem 76,695 milhões de clientes.
O banco Itaú também permaneceu na mesma posição na lista de setembro para outubro, em terceiro lugar. Seu índice foi de 7,16 pontos (7,69 pontos de setembro). O conglomerado recebeu 426 reclamações e tem um total de 59,470 milhões de clientes.
O Banco HSBC, que estava na quinta posição em setembro, subiu para a quarta no mês passado. A instituição passou de 6,08 pontos para 6,54 pontos de setembro para outubro. De acordo com os dados do ranking divulgado pelo BC, no mês passado, o HSBC recebeu 83 reclamações. A base de clientes da instituição é de 12,686 milhões.
Já o Banco Santander caiu da quarta para quinta posição em outubro, registrando 6,34 pontos (7,29 pontos em setembro). O BC considerou que 210 reclamações contra a instituição foram consideradas procedentes. O banco espanhol tem um total de 33,073 milhões de clientes.
Reclamações
Em outubro, o total de queixas feitas ao BC e consideradas com fundamentação foi de 3.987, um aumento de 17,57% na comparação com as 3.391 críticas contabilizadas no mês anterior. A queixa mais comum em outubro foi sobre irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito. Foram 552 queixas relativas a esse item (411 em setembro).
Na segunda posição aparece a ausência de título adequado relativo a cartão de crédito consignado, apontada 526 vezes. Esse tipo de reclamação aparecia em 25. lugar na lista anterior. A terceira colocação, citada 410 vezes, diz respeito à restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais. Em setembro, havia sido apontada 435 vezes.
A quarta posição ficou com a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada, mencionada 249 vezes, e a quinta, com Outras irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços (243).