O ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou nesta terça-feira, 11, que quando disse que o preço do gás cairia, isso dependia da votação do novo marco do gás natural, que só foi aprovado em março deste ano. Segundo o ministro, a nova legislação do setor terá impacto na competição e pode baixar o preço do gás nos próximos meses.
"Não tinha como cair 40% o preço do gás se só foi aprovado agora. O novo marco do gás natural ficou parado um ano no Congresso e eu não xingo o Congresso. Eu entendo que foi a pandemia. Não faço mais previsões, porque respeito o tempo da política", respondeu o ministro, em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que analisa a admissibilidade da PEC 32, da reforma administrativa. "Tem muito assessor no Congresso, consultem eles sobre preço do gás natural", acrescentou.
Assim como na semana passada, Guedes mais uma vez foi alvo de ataques de diversos parlamentares de oposição – sobretudo do PT -, que questionaram previsões erradas do ministro sobre a economia e falas polêmicas sobre "empregadas domésticas na Disney" e "filhos de porteiros na universidade".
"É como se eu fosse contra o filho do porteiro. Na verdade eu estava criticando o setor privado. Vocês (parlamentares de oposição) têm um viés militante que impede clareza de comunicação", rebateu Guedes.