Michel Platini, astro do futebol francês e ex-presidente da UEFA, afirmou, nesta sexta-feira, em entrevista ao jornal alemão Die Welt, que pretende retornar a trabalhar no futebol e defende a Copa do Mundo no Catar, no ano que vem.
Três vezes ganhador do prêmio Bola de Ouro (1983, 1984 e 1985), Platini, de 65 anos, está afastado desde 2015 por causa de um processo judicial no qual é acusado de receber um pagamento suspeito de US$ 2,1 milhões (cerca de R$ 12 milhões) do então presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter.
"Primeiro, deixe-me pensar com calma, não há pressa", respondeu o francês, sobre um possível retorno às atividades como dirigente. "Não me proíbo nada. Se acredito que isso é bom para o futebol e que ainda posso ser útil, então vou me comprometer totalmente", acrescentou Platini, especificando que "será a última vez". "Caso contrário, ficarei em casa e continuarei minha aposentadoria."
Platini aproveitou para defender a organização da próxima copa do mundo no Catar. "Os países árabes já se candidataram dez vezes para ser sede de uma copa do mundo. É importante para o desenvolvimento do futebol e é exatamente por isso que votei neles, desde que seja em dezembro, como será. Espero uma Copa do Mundo muito boa, a 25 graus, não será necessário ar condicionado."
Ao mesmo tempo, Platini disse ter se arrependido de ter revelado seu voto para o país árabe. "Só lamento ter sido muito educado, muito transparente, porque disse abertamente que tinha votado no Catar. Sou o único dos quinze que admitiu e só tive problemas desde então."