O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio foram festejados de forma unânime por algumas das principais confederações do Brasil. Alívio e sensatez foram algumas das palavras usadas para expressar a felicidade pela mudança de data para a início da Olimpíada, prevista agora para começar até meados do ano que vem, durante o verão do Hemisfério Norte.
Ganhadora consecutiva de medalhas olímpicas desde Los Angeles-1984, a Confederação Brasileira de Judô foi uma das mais animadas. "Foi uma grande decisão para os atletas. Vejo de forma positiva esse adiamento. Não se poderia esperar algo diferente diante das consequências graves dessa pandemia", afirmou o presidente Silvio Acácio Borges.
Sempre presente nos pódios olímpicos, o vôlei também expressou sua concordância com a postura do Comitê Olímpico Internacional (COI). "A Confederação Brasileira de Vôlei tem como preocupação a integridade e a saúde dos atletas, comissões técnicas e todos os profissionais envolvidos em uma edição de Jogos. Apoiamos integralmente a posição do COI e esperamos para ver qual vai ser o melhor caminho a seguir e refazer nossa programação", disse Radamés Lattari, diretor executivo da CBV.
"A decisão foi a mais sensata. Estávamos com os atletas muito angustiados. Sabemos que o momento ainda é de incertezas é que vai ser preciso fazer adequações em vários órgãos", disse Virgílio Pires, superintendente do Vôlei de Praia da CBV.
O basquete, que ainda briga por vagas no 3×3 masculino e na seleção masculina da modalidade principal, emitiu uma nota na qual também elogia a postura do COI e concentra suas atenções na redefinição do calendário dos torneios pré-olímpicos a ser feito pela Federação Internacional de Basquete (Fiba) e pelo COI.
O adiamento dos Jogos não diminuiu o entusiasmo do presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Warlindo Carneiro da Silva Filho. "Aliviado e totalmente favorável" ao adiamento dos Jogos, o dirigente prevê um grande resultado de seus atletas em Tóquio. "Vamos enfrentar essa pandemia juntos e acredito que sempre depois da tempestade vem a bonança. Temos a melhor ou uma das melhores safras de atletas que o Brasil já teve e com esse adiamento só foram postergados os bons resultados que podemos alcançar."
Hugo Hoyama, um dos maiores nomes do tênis de mesa nacional em todos os tempos, foi outro que celebrou o adiamento e chamou atenção para o benefício mental que será proporcionado aos atletas. "O mais importante é que temos as vagas garantidas. Todos precisam aproveitar este confinamento para manter a motivação e continuar os treinamentos", disse o técnico da seleção feminina de tênis de mesa.
Na ginástica, Maria Luciene Cacho Resende, presidente da Confederação Brasileira, afirmou que agora técnicos e dirigentes terão a oportunidade de programar o melhor planejamento possível para os atletas.