A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou a previsão para a oferta brasileira da commodity este ano, de 3,82 milhões de barris por dia (bpd) para 3,78 milhões de bpd. O resultado representaria um crescimento de 180 mil bpd em relação a 2021, segundo relatório mensal divulgado nesta quinta-feira, 10.
O cartel explica que a produção deve ser impulsionada por dois novos projetos: Meto-1 (Guanabara), que estava previsto para começar em 2021, e Peregrino-Fase 2. Além disso, o FPSO Alimirante Barroso, em Búzios, iniciará as atividades em 2022.
Em dezembro e janeiro, houve queda de 35 mil bpd na produção de petróleo cru brasileira na comparação com o mesmo período do ano anterior, diz o documento.
Já em dezembro, a produção caiu 15 mil bpd ante novembro, a 2,84 milhões de bpd.
<b>PIB</b>
A Opep manteve inalterada a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. No relatório mensal, divulgado nesta quinta-feira, o cartel prevê expansão de 1,5% em 2022, após alta estimada de 4,7% em 2021.
Segundo o documento, as incertezas no País seguem elevadas e tendem a fornecer pressão sobre a atividade, em meio à trajetória inflacionária ascendente, às dúvidas sobre o quadro fiscal e aos desdobramentos relativos à pandemia.
A Opep acrescenta que a desaceleração da economia brasileira deve continuar no primeiro trimestre, com o impacto da inflação na retomada.
A expectativa é de que uma política monetária "altamente contracionista" e condições apertadas de créditos enfraqueçam a demanda doméstica, em um momento em que o apoio fiscal pode ser apenas marginalmente relaxado devido ao alto nível da dívida. "Além disso, as incertezas políticas relacionada às eleições de 2022 juntamente com os gargalos globais de oferta em curso, bem como uma nova onda de covid-19, são grandes incertezas que poderiam prejudicar as perspectivas para 2022", explica.