Estadão

IGP-DI de abril desacelera a 0,41%, ante alta de 2,37% em março, revela FGV

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,41% em abril, após uma elevação de 2,37% em março, divulgou nesta sexta-feira, 6, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que ia de 0,15% a 1,20%, mas abaixo da mediana positiva de 0,75%, de acordo com as instituições ouvidas pelo <i>Projeções Broadcast</i>. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 6,44% no ano. Em 12 meses, houve aumento de 13,53%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 0,19% em abril, ante uma alta de 2,80% em março. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 1,08% em abril, após aumento de 1,35% em março. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,95% em abril, depois da alta de 0,86% em março.

O período de coleta de preços para o índice de abril foi do dia 1º ao dia 30 do mês.

Embora tenha desacelerado o ritmo de alta, o aumento de 3,19% no preço da gasolina exerceu a maior pressão sobre a inflação ao IGP-DI de abril. Três das oito classes de despesa do IPC-DI registraram taxas de variação mais baixas: Habitação (de 1,23% em março para -0,69% em abril), Alimentação (de 1,99% para 1,58%) e Transportes (de 2,51% para 2,13%). Os destaques foram os itens tarifa de eletricidade residencial (de 1,60% para -6,78%), hortaliças e legumes (de 14,79% para 9,10%) e gasolina (de 5,08% para 3,19%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,67% para 2,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 1,14%), Despesas Diversas (de 0,39% para 0,70%), Vestuário (de 1,04% para 1,26%) e Comunicação (de -0,11% para -0,02%). Houve influência dos itens: passagem aérea (de 3,26% para 14,38%), medicamentos em geral (de 0,19% para 4,12%), serviços bancários (de 0,41% para 1,07%), roupas (de 1,17% para 1,29%) e tarifa de telefone residencial (de -0,83% para 1,12%).

O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,80% em março para elevação de 0,93% em abril. Dos 85 itens componentes do IPC, 26 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 79,03% em março para 77,74% em abril.

<b>Construção</b>

A alta no custo de materiais de construção acelerou a inflação do setor no IGP-DI de abril. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,86% em março para uma elevação de 0,95% em abril.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,53% em março para um aumento de 1,63% em abril. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de alta de 0,50% em março para elevação de 1,79% em abril, enquanto os Serviços saíram de 0,70% para 0,84%. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de aumento de 1,21% em março para elevação de 0,21% em abril.

<b>IPAs</b>

Os preços dos produtos agropecuários no atacado medidos pelo IPA Agrícola caíram 2,34% em abril, depois de uma alta de 2,28% em março, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais, medidos pelo IPA Industrial, avançaram 1,24% em abril, ante alta de 3,02% em março.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 2,01% em abril, ante um avanço de 3,64% em março. Os preços dos bens intermediários subiram 1,80% no mês passado, depois de aumentarem 3,19%. Os preços das matérias-primas brutas registraram redução de 2,96% em abril, após uma alta de 1,73% em março.

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