O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 14, que o comando da Petrobras precisa entender que a empresa tem dois momentos, "tempos de paz e tempos de guerra", para ajustar sua política de preços.
A jornalistas em Vitória do Mearim (MA), Bolsonaro voltou a pressionar a Petrobras a diminuir o preço dos combustíveis porque governo federal e Estados já teriam "feito a sua parte". "Está faltando a Petrobras. Ontem, estava vendo que o preço do Brent tinha caído abaixo de US$ 100. Eu não sei se continua. Se continua, é momento da Petrobras diminuir preço dos derivados", declarou o presidente. "A legislação permite ao presidente da Petrobras diminuir a margem de lucro", acrescentou.
Para defender a participação do governo na queda do preço dos combustíveis em ano eleitoral, Bolsonaro citou a aprovação do projeto de lei complementar 18, que estabelece teto de 17% para o ICMS incidente sobre esses produtos. "Há um alívio, a gente espera até uma deflação por parte disso", afirmou o presidente.
"Vai cair a inflação no Brasil, a gente espera que isso aconteça. Ajuda, obviamente no preço de quase tudo, por incrível que pareça o que mais pressiona a inflação é a gasolina, não o diesel", seguiu o presidente. De acordo com o Boletim Focus, economistas do mercado financeiro já esperam deflação no IPCA de julho, com a estimativa passando de alta 0,06% para queda de 0,28%.
Bolsonaro ainda criticou o Maranhão por não repassar a redução do ICMS para os consumidores e prometeu tomar providências sobre isso. "Se Deus quiser, haverá redução do diesel nos próximos meses", prometeu o presidente.