Estadão

Jinping quer se aproximar de líderes asiáticos frente a avanços dos EUA na região

O presidente chinês Xi Jinping tem utilizado as reuniões da Apec 2022 para se aproximar diplomaticamente de países da Ásia-Pacífico aliados aos Estados Unidos. A tentativa de forjar novas relações é resposta ao avanço da influência americana contra a de Pequim na região. Xi conversou com líderes do Japão, Cingapura e Filipinas para reforçar o papel econômico fundamental de Pequim para seus vizinhos, independente das disputas territoriais sobre o sul da Ásia.

Segundo o líder, a China deve continuar a "compartilhar oportunidades de desenvolvimento com o mundo, particularmente a região da Ásia-Pacífico", enquanto coexiste pacificamente e colabora para "desenvolvimento comunitário com todos os países, tendo como base respeito mútuo, igualdade e benefícios mútuos".

Os Estados Unidos também estiveram presentes nas reuniões do fórum, representados pela vice-presidente Kamala Harris. "Estamos aqui para ficar e não tem parceiro melhor para esta região do que os Estados Unidos da América", discursou Harris, reforçando a mensagem de que o país é um parceiro seguro e economicamente confiável.

Apesar da sinalização diplomática, Xi Jinping mantém a postura "ardentemente nacionalista" de colocar os interesses da China em primeiro lugar e não abrir mão de sequer "um pedaço" do território chinês, incluindo a reinvindicação sobre Taiwan. "A questão de Taiwan está no centro dos interesses chineses e a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada nas relações entre China-Estados Unidos", relatou o governo chinês por meio de nota.

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