As negociações entre agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e moradores da Favela do Sata permitiram que os manifestantes, que haviam bloqueado o KM 217 da pista marginal sentido São Paulo da Dutra, liberassem o tráfego. O protesto durou cerca de duas horas e provocou congestionamento na pista.
Inicialmente, as faixas 1 e 2 foram liberadas, mas trabalhadores da CCR, concessionária que administra a Dutra, estão limpando a via, que foi bloqueada por pneus queimados. O trânsito volta a fluir normalmente.
Motivo
Os moradores protestaram porque estão insatisfeitos com a remoção das casas construídas sobre o leito de um córrego que passa pelo local, às margens da Dutra, em Cumbica. A Prefeitura teria notificado os moradores depois que as chuvas da semana passada inundaram diversas residências no local. Por se tratar de área de risco, os imóveis precisam ser desocupados para a segurança dos próprios moradores.
A Prefeitura de Guarulhos informa que notificou 33 moradias localizadas na comunidade do Sata devido ao alto risco de desastres por enchentes avaliado em diversos momentos por técnicos e engenheiros da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec).
Equipes de diversas pastas, em especial de Habitação e Desenvolvimento e Assistência Social, estarão com as famílias durante a semana para prestar o acolhimento e encaminhamento a abrigos e para cadastrá-las no aluguel social, auxílio que permitirá a elas buscar uma nova residência em um lugar seguro, e no Auxílio Brasil para aqueles que estão aptos. A adesão aos programas foi acordada previamente com moradores em reuniões e os benefícios podem chegar a mil reais por família.
A ação tem o objetivo de preservar a vida dessas pessoas, que vivem em construções sobre valas de drenagem. Com a frequência que os alagamentos ocorrem na área, há também o risco de que residências desmoronem.
Além de sofrerem com as enchentes, essas casas acabam também causando alagamentos na avenida Cataguases, próxima à comunidade do Sata, em Cumbica.
