Estadão

Bolsas de NY fecham em queda, com balanços corporativos e Fed em foco

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, 9, após uma sessão volátil. Beneficiado por balanços no começo do pregão, o sentimento de risco piorou em Wall Street ao longo do dia em meio à retomada do movimento de vendas de papéis de tecnologia. Além disso, investidores seguem ajustando expectativas de ritmo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos próximos meses.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,73%, a 33.699,88 pontos; o S&P 500 perdeu 0,88%, a 4.081,50 pontos; e o Nasdaq teve queda de 1,02%, a 11.789,58 pontos.

A ação da Walt Disney recuou 1,27%, revertendo os fortes ganhos registrados na abertura da sessão, no dia seguinte à divulgação do balanço em que anunciou lucro trimestral maior que o esperado. A empresa também anunciou corte de 7 mil empregos, como parte de um plano de reestruturação.

PepsiCo, por sua vez, subiu 0,95%, depois de informar ganho e receita que superaram expectativas do mercado. Já Exxon Mobil ganhou 0,38%, após o jornal <i>The Wall Street Journal</i> revelar que a empresa planeja uma reorganização da estrutura. Na outra ponta, Alphabet recuou 4,39%, em meio a dúvidas no mercado sobre os planos da empresa de avançar no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial

"A temporada de resultados até agora é bastante mista. Nas últimas duas semanas, os investidores buscaram uma direção", disse Josh Jamner, analista de estratégia de investimentos da ClearBridge Investments. Ele acrescenta que a queda nas expectativas de Wall Street para os lucros corporativos em 2023 torna a empresa "mais cautelosa no balanço" sobre as ações nos próximos trimestres.

Além disso, os próximos passos do BC americano também seguem no radar. "Wall Street não conseguiu manter o clima otimista, pois alguns traders apostaram que o Fed terá que fazer muito mais aperto do que Wall Street está precificando. Há um mês, parecia muito provável que o Fed parasse de aumentar as taxas em março e agora essa visão pode estar mudando", destaca o analista da Oanda Edward Moya.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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