Após a surpreendente demissão de Julian Nagelsmann, o Bayern de Munique apresentou oficialmente neste sábado o alemão Thomas Tuchel como seu novo treinador. O comandante se mostrou confortável com o ambiente desafiador que terá pela frente no time de Munique e ainda revelou que não esperava ser contratado imediatamente quando houve o primeiro contato do Bayern.
"O desafio não poderia ser melhor. Eu fui relativamente ingênuo na primeira conversa com o Bayern. Nos primeiros 30 segundos eu ainda não havia entendido o que estávamos discutindo e sobre o que era a reunião", disse Tuchel, que ainda afirmou que, assim que percebeu que assumiria o comando imediatamente, caiu a ficha de que o primeiro jogo será decisivo contra o Borussia Dortmund fora de casa, logo após a parada para a data Fifa.
A estreia de Tuchel pelo Bayern de Munique acontecerá daqui a exatos sete dias, em confronto direto pela liderança do Campeonato Alemão. Ex-treinador do Borussia, o alemão ainda tem sequência contra o Freiburg pelas quartas de final da Copa da Alemanha e pelo Campeonato Alemão antes de enfrentar o Manchester City nas quartas de final da Liga dos Campeões, no dia 11 de abril.
Não bastasse a importância das partidas que terá pela frente, Tuchel terá pouco tempo de preparação com a maior parte do elenco, já que muitos atletas estão com suas seleções no momento. Apenas nos primeiros 22 dias de abril, o calendário do time de Munique tem sete partidas confirmadas.
"O timing me surpreendeu, não esperava e não houve contato prévio. Imaginava que seguiria minha carreira fora da Alemanha, mas vinha acompanhando a temporada do Bayern com interesse. A dimensão do desafio foi fator decisivo para eu vir. Na Inglaterra e em Paris, ninguém quer enfrentar o Bayern de Munique. O tamanho e a força do clube são indiscutíveis", afirmou Tuchel, que segue na disputa de três títulos nesta temporada.
Antes da coletiva do Tuchel, o diretor esportivo do clube, Hasan Salihamidi, havia contado que a demissão de Nagelsmann se deu por uma queda de performance que o elenco estava apresentando e a diretoria decidiu que precisaria reagir. O ídolo Oliver Kahn, atual presidente do Conselho Deliberativo do clube, também comentou a saída de Nagelsmann.
"Temos a responsabilidade de zelar pelo êxito esportivo e tínhamos que questionar por que haviam tantos altos e baixos no rendimento do time. Não foi uma decisão emocional após a derrota para o Bayer Leverkusen (2 a 1), foi uma decisão tomada depois de muita análise e reflexão. Temos um dos melhores elencos da Europa e não estávamos tendo rendimento. Começamos o ano com três empates, perdemos dois jogos neste ano, isso não corresponde com nossa ambição. Contra o PSG mostramos do que somos capazes", afirmou Kahn.
"Assistimos aos treinos e aos jogos. A energia em campo já não existia. Não foi uma decisão fácil, tínhamos uma relação de trabalho muito boa com Julian. Entendo que não é uma decisão popular, mas acho que fizemos a melhor escolha para o Bayern", disse.