Pela terceira vez, Efraín Alegre disputa a presidência do Paraguai. Desta, seu Partido Liberal uniu uma coalizão de oposição para enfrentar o governista Partido Colorado. Analistas afirmam que esse é o melhor momento de Alegre, advogado de 60 anos, por conta da fragmentação no oficialismo e das acusações de corrupção que envolvem os rivais. Em conversa com o <b>Estadão</b>, ele disse estar otimista e afirmou que pretende avançar nas negociações sobre Itaipu com o Brasil.
<b>Qual é a importância da frente que o apoia?</b>
Ela permite superar uma visão do passado, de uma velha disputa de partidos. Hoje, a Concertación é o verdadeiro Paraguai. O Paraguai que o mundo vê não é o que somos. Não somos um país de sicários, de piratas, comprometido com o crime organizado e com a corrupção. Nosso país é de gente trabalhadora, decente, honesta.
<b>Como pretende tratar o tema da corrupção?</b>
Nossa prioridade é combater a corrupção e o crime organizado. A corrupção não é como a democracia. A democracia vem de baixo para cima. A corrupção vem de cima para baixo. É desde a mais alta autoridade que se inicia o combate.
<b>Quais são os outros temas essenciais para o Paraguai?</b>
Precisamos de uma política desenvolvimentista. Temos energia em abundância e não a estamos usando. Mas não podemos pensar em uma política industrial sem ter segurança jurídica. Além disso, precisamos desenvolver o campo. Estamos trabalhando em uma política de produção. Hoje, o Paraguai gasta US$ 1 bilhão para trazer produtos que podemos fazer em no país.
<b>Qual é a sua opinião sobre o acordo de Itaipu?</b>
Vamos conversar e avançar. Estou otimista com os acordos que vamos conseguir com o Brasil. Não somente em Itaipu, mas em outras áreas também. Acreditamos que o Brasil é, e deve ser sempre, um aliado estratégico.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>