A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ato de concentração entre o UBS Group AG e o Credit Suisse Group AG. O despacho pela aprovação está publicado no <i>Diário Oficial da União</i> desta quarta-feira, 26.
Segundo parecer do Cade, como resultado da operação, o UBS pretende assumir a integralidade dos negócios do Credit Suisse, por meio de uma incorporação, em que o UBS será a entidade sobrevivente, que continuará operando.
Já o Credit Suisse será a entidade incorporada que deixará de existir após a conclusão do Contrato.
"Como justificativa para a realização da Operação, as Requerentes explicam que a Operação decorre de severa deterioração da situação financeira do Credit Suisse, aliado ao recente receio de uma crise financeira global. O Credit Suisse encerrou o ano fiscal de 2022 com um prejuízo de mais de 7 bilhões de euros, o maior desde a crise financeira global de 2008 e, por esses e mais fatores o preço das ações do Credit Suisse caiu cerca de 30% e os saques de depósitos do banco chegaram a 10 bilhões de euros por dia. A Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro da Suíça (Swiss Financial Market Supervisory Authority – "FINMA") e o Banco Nacional Suíço iniciaram discussões com o UBS sobre uma potencial operação para adquirir o Credit Suisse, de forma a prevenir uma maior deterioração da situação financeira do banco e seus efeitos nos mercados financeiros suíço, europeu e global. Após esses acontecimentos, o UBS e o Credit Suisse (com o apoio do governo suíço) concordaram com a Operação Proposta, que foi anunciada em 19 de março de 2023", detalha o parecer.