Estadão

Duelo inédito com Inter do promissor Inzaghi é a última barreira para City superar sina

A final da Liga dos Campeões terá um duelo jamais visto em competições oficiais. Em ascensão no futebol mundial desde que foi comprado pelo xeque Mansour Bin Zayed Al Nahyan, o Manchester City buscará vencer o torneio europeu pela primeira vez em confronto único com a Internazionale, equipe que só cruzou o seu caminho em amistosos. O embate inédito, marcado para o dia 10 de junho, em Istambul, colocará à prova o futebol impositivo de Guardiola diante da tradição da Inter e sua ânsia por voltar a levantar a taça que ergueu pela última vez em 2010.

Desafiante do treinador mais badalado da atualidade, o time de Milão tem o ex-atacante Simone Inzaghi como treinador e, embora apresente características tradicionais do futebol italiano, conhecido por sua solidez defensiva, busca desenvolver um jogo ofensivo. Inzaghi escala um time com três zagueiros e alas, mas preza pela qualidade na saída de bola, que começa com o domínio do recurso pelo goleiro Onana.

Transições com bolas longas são vistas com frequência na equipe. Entre os principais trunfos da Inter, estão a movimentação e o entrosamento da dupla de ataque formada por Lautaro Martínez e Dzeko, além do apoio de Dimarco e Dumfries pelos lados e um meio de campo de qualidade técnica. Inzaghi tem uma curta carreira como treinador de times profissionais, mas fez um trabalho muito sólido na Lazio, entre 2016 e 2021, antes de chegar à Inter.

O certo é que o time italiano, assim como a imensa maioria das equipes do mundo, não tem um futebol tão vistoso quanto o do Manchester City. Contra o Real, no segundo jogo da semifinal, os comandados de Pep Guardiola fizeram uma apresentação de gala. Mal deixaram a bola no pé dos madrilenhos e viram a defesa adversária ficar atordoada com sua velocidade na troca de passes e na movimentação.

Armado com um elenco de estrelas como De Bruyne, Haaland e Bernardo Silva, Guardiola buscará seu primeiro título de Liga dos Campeões com outro clube a não ser o Barcelona, sob o comando do qual foi campeão duas vezes. Teve a chance de erguer a taça com o City há duas edições, mas perdeu a final para o Chelsea na temporada 2020/2021.

"Não tenho tantas expectativas a ponto de pensar que vou ganhar a Liga dos Campeões sempre. As vezes que perdi é porque os outros são ruim? Os rivais também jogam", disse Guardiola depois da vitória desta quarta. "Dizem que o City jogou mal no Bernabéu, e por que não dizemos que o Madrid jogou bem? Não se pode ganhar sempre. O melhor é levar o time para as rodadas finais e, se você costuma estar lá e jogar as finais, um dia você vencerá", concluiu.

Para a Internazionale, a busca é pelo fim do jejum. Campeã em 1964 e 1965, quando o campeonato ainda era chamado Taça dos Campeões Europeus, venceu a Liga dos Campeões pela última vez em 2010. O jogo do título foi contra o Bayern de Munique, mas, na fase anterior, a Inter, então comandada por José Mourinho, desbancou o Barcelona de Guardiola.

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