O dólar se valorizou frente ao iene, diante da postura dovish do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que mais cedo manteve os juros e não sinalizou mudança na política monetária bastante relaxada atual. Além disso, declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e indicadores estiveram em foco, com o euro em baixa após dados modestos na Europa.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 148,36 ienes, o euro recuava a US$ 1,0650 e a libra caía a US$ 1,2241. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,21%, a 105,583 pontos, com ganho de 0,17% na comparação semanal.
O BoJ não surpreendeu, ao não mudar sua política monetária. Agora, analistas se dividem sobre eventual novo rumo para o BC japonês, e a Capital Economics, por exemplo, considera que a postura do BC abre margem para uma intervenção no câmbio pelo governo de Tóquio, para sustentar o iene.
O euro e a libra, por sua vez, operaram em baixa após indicadores. Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto avançou a 47,1 em setembro, puxada pelo setor de serviços, mas ainda abaixo da marca de 50, o que aponta contração da atividade na pesquisa. No Reino Unido, o PMI composto recuou a 46,8 em setembro, na mínima em 32 meses, na leitura preliminar.
Nos EUA, o dólar chegou a perder força após leitura modesta do PMI, mas ainda sustentou ganhos no dia. Entre dirigentes do Fed, Mary Daly afirmou que o BC americano manteve os juros nesta semana por estar próximo de seu objetivo, mas sem declarar vitória contra a inflação. Já a diretora Michelle Bowman disse não ver sinais de contração acentuada no crédito, e também defendeu mais altas nos juros para garantir retorno da inflação à meta.