O dólar opera em alta no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 21, de olho na subida dos juros futuros na esteira do relativo fortalecimento dos rendimentos longos dos Treasuries, que passaram a oscilar mais perto da estabilidade, após caírem mais cedo, enquanto a taxa da T-Note de 2 anos sobe. A queda do petróleo também ajuda à desvalorização do real.
A moeda americana renovou máxima, a R$ 4,8733 (+0,44%), após oscilar sem direção única e entre margem bem estreita nos primeiros negócios. Na mínima, caiu a R$ 4,8453 (-0,13%). A queda abaixo de R$ 4,85 atrai demanda de importadores e empresas para remessas de fim de ano ao exterior, segundo operadores das mesas de negociação.
A agenda econômica local é fraca e há uma concentração de indicadores americanos no fim da manhã. No radar estão a ata referente à mais recente reunião de política monetária do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (16h), além do índice de atividade nacional dos EUA medido pelo Fed de Chicago (10h30) e vendas de moradias usadas (12h). Aqui, há expectativas pela apreciação do projeto de lei (PL) que tributa fundos de alta renda e offshore, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que se reúne às 10h. Depois, o texto segue para votação em Plenário.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar ou vetar o projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores que mais empregam no País. O presidente tem até esta quinta-feira (23) para decidir se sanciona ou se veta integral ou parcialmente o projeto. Lula reúne-se ainda com o presidente da Petrobras e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fará palestra em Brasília à tarde, sobre cenário econômico para 2024 (16h), além de entrevista para a TV Bloomberg (19h).
No programa <i>Conversa com o presidente</i>, nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo conta com o apoio do Congresso Nacional na aprovação das pautas econômicas. "Estamos com apoio do Congresso, Congresso tem apoiado as medidas econômicas no seu tempo, porque não é fácil digerir o que estamos fazendo", declarou o ministro ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante transmissão semanal ao vivo nas redes sociais. Na avaliação do ministro, com o apoio do Judiciário e Legislativo, Lula tem conseguido passar "mensagem de confiança e confiabilidade".
O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) avançou 0,61% na segunda prévia de novembro, ante alta de 0,64% na mesma leitura de outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou para 0,26% na segunda prévia de novembro, ante 0,28% na mesma leitura de outubro, informou a FGV.
Às 9h54, o dólar à vista tinha alta de 0,47%, a R$ 4,8744. O dólar para dezembro ganhava 0,35%, a R$ 4,8755.