O MInistério do Planejamento divulgará em instantes sua avaliação de que a inflação anual em 2023, de 4,62%, é um valor inferior ao observado em 2022 (5,79%) e confirma a trajetória de queda após o pico de 2021. "Com este resultado, fecha-se o ano dentro do intervalo da meta de inflação, ratificando mais uma vez o processo desinflacionário em curso", escreveram técnicos da Pasta, conforme documento obtido pelo <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Depois de dois anos de inflação alta, resultado da pandemia e do problema mundial de oferta, fechamos 2023 abaixo do teto previsto e com expectativa de mercado em menos de 4% para 2024", acrescentaram.
Sobre o INPC (índice obtido com dados de famílias com renda mais baixa, de 1 a 5 salários mínimos), foi de 3,71% em 2023 com o resultado de dezembro (0,55%) superior ao de novembro (0,10%).
O INPC serve de referência para o reajuste do salário mínimo e de benefícios O Planejamento destacou que o IPCA foi de 0,56% em dezembro, acima do esperado pelo mercado. No ano, a variação foi de 4,62%, abaixo do registrado em 2022 e dentro do intervalo de tolerância da meta de 3,25% a 4,75%.
No último relatório do Prisma Fiscal (de 14 de dezembro passado), a projeção de mercado para o INPC era de 4,10% para o fechamento do ano com intervalo de 3,46% a 5,40%. Dessa forma, portanto, o índice termina 2023 abaixo da mediana Prisma.
<b>PLOA</b>
O Ministério do Planejamento divulgará também em instantes que o IPCA de 2023 implicará em um reajuste de R$ 28,0 bilhões no limite de despesas primárias do Poder Executivo para 2024. O valor, portanto, será R$ 4,4 bilhões abaixo dos R$ 32,4 bilhões inicialmente previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), conforme documento obtido pelo <i>Broadcast</i>.
A estimativa de IPCA usada no PLOA foi de 4,85%, o que implicaria em despesas condicionadas de R$ 32,4 bilhões pela diferença de 1,69 ponto porcentual com o IPCA acumulado (de junho de 2022 a julho de 2023) de 3,16%.
Com o resultado de 4,62% auferido pelo IBGE, segundo o Planejamento, a diferença cai para 1,46 pp e o total das despesas condicionadas passa a ser de R$ 28,0 bilhões.