As bolsas de Nova York fecharam em alta e os três principais índices de Wall Street renovaram suas máximas históricas após a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a coletiva de seu presidente, Jerome Powell, consolidarem as apostas do mercado de que os juros serão cortados na reunião de junho.
A decisão impulsionou as bolsas de Nova York, que nesta quarta abriram mistas e expandiram ganhos conforme o apetite por risco foi crescendo. A última vez que todos os três índices fecharam com recorde no mesmo dia foi em 8 de novembro de 2021, de acordo com o Dow Jones Market Data.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,03%, aos 39.512,13 pontos; o S&P 500 teve alta de 0,89%, aos 5.224,62 pontos; e o Nasdaq acumulou ganhos de 1,25%, aos 16.369,41 pontos.
Na coletiva de imprensa nesta quarta-feira, Powell disse que o aumento da inflação visto em janeiro e fevereiro deste ano pode ser reflexo de efeitos sazonais, o que, na visão do BMO, mostra que a instituição minimizou o repique.
Para a Capital Economics, apesar das revisões em alta das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação subjacente do PCE, a projeção do Fed ainda dá margem para corte acumulado de 100 pontos-base até o fim do ano, mais que os 75 pontos-base previstos pela instituição monetária.
Louis Navellier, da gestora Navellier, escreve que a declaração do conselho do Fed nesta quarta foi "muito dovish", e aponta que o BC norte-americano pode ter sido influenciado pela postura do Banco Central Europeu (BCE) de indicar com mais convicção que o primeiro corte no bloco econômico virá em junho.
Em destaque nesta quarta, os papéis da Intel subiram 0,36%, impulsionados pela notícia de que a empresa receberá até US$ 8,5 bilhões do governo dos EUA para ajudar a financiar novas fábricas de chips em quatro Estados norte-americanos. Pelo terceiro pregão seguido, os papéis da Nvidia fecharam em alta após operarem na maior parte do dia em baixa.