Em semana de formação da taxa Ptax do fim de março, na quinta-feira, o dólar opera em baixa moderada nesta segunda-feira, 25, alinhado à tendência externa em meio à alta leve do minério na China e dos preços do petróleo. A valorização dos rendimentos dos Treasuries é contraponto.
Investidores aguardam discursos de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e dados dos EUA nesta segunda-feira, antes da publicação do PIB norte-americano do quarto trimestre, na quinta, além da inflação PCE e discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ambos na sexta-feira, quando os mercados fecham no Brasil, Estados Unidos e Europa por conta do feriado de Sexta-feira Santa. Por enquanto, o mercado opera sob a premissa de que o Fed continua planejando cortar seus juros três vezes este ano.
No radar local estão a ata do Copom e o IPCA-15, amanhã, e o Relatório de Inflação do primeiro trimestre, na quinta-feira.
Os investidores aguardam mais explicações na ata sobre as mudanças em sua comunicação, sobretudo a retirada do plural no "forward guidance", levantando discussões no mercado sobre o possível momento da redução do ritmo de cortes da Selic e principalmente sobre a taxa terminal do juro básico, a Selic. Para o IPCA-15, é esperada desaceleração.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) está se movendo em direção a um corte na taxa de juros, já que a inflação está caindo rapidamente e se aproximando da meta de 2%, afirmou o dirigente da instituição e presidente do BC da Itália, Fabio Panetta. "O consenso que está surgindo – especialmente nas últimas semanas – dentro do conselho do BCE aponta nessa direção", disse Panetta, nesta segunda-feira, durante um evento em Roma, segundo a <i>Reuters</i>.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IPC-S arrefeceu a 0,22% na terceira quadrissemana de março, após alta de 0,38% na segunda leitura. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,05% em 12 meses, ante 3,21% na leitura anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou a 0,24% em março, ante alta de 0,20% em fevereiro. Com o resultado, o indicador acumula valorização de 3,29% em 12 meses. E o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,0 ponto em março, para 96,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICST variou 0,2 ponto.
Às 9h37, o dólar à vista caía 0,13%, a R$ 4,9919. O dólar para abril cedia 0,24%, a R$ 4,9920. Em Nova York, o juro da T-note 2 anos subia a 4,610% (ante 4,598% no fim da tarde de sexta-feira) e o da T-Note 10 anos, a 4,224% (ante 4,212%).