Estadão

Ouro fecha em alta, apoiado por dados dos EUA e sinais de demanda da China

O ouro encerrou em esta quinta-feira, 20, em alta, na volta de feriado americano que deixou mercados fechados nos EUA na quarta (19). Os preços foram apoiados por expectativas de cortes de juros do Federal Reserve (Fed) na esteira de dados fracos de trabalho nos Estados Unidos. Sinais de demanda da China, em meio a forte desvalorização do yuan, também deram suporte ao metal amarelo.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou a sessão com ganho de 0,94%, a US$ 2.369,00 a onça-troy, após operar na quarta em pregão eletrônico por conta de feriado americano.

Os preços do ouro ganharam força depois que dados demonstraram alta dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, ao maior nível em 10 meses, segundo o diretor administrativo da corretora Tickmill, Joseph Dahrieh. Ele avalia que esse resultado apoia expectativas por cortes de juros do Fed, ao complementar o cenário de desaceleração da inflação e das condições econômicas. Dahrieh projeta que as perspectivas de longo prazo para o ouro são "bullish", tendo em vista sua posição como ativo seguro.

O TD Securities nota que o complexo de metais preciosos ainda teve suporte da demanda chinesa, seguindo desvalorização do yuan ao seu nível mais fraco desde novembro. "Isso continua a destacar que os metais preciosos têm se transformado cada vez mais em uma proteção contra a desvalorização da moeda, com a retomada das pressões na Ásia apoiando a atividade de compra", observa o banco de investimentos. Neste cenário, a prata também ganhou impulso e fechou em alta de 4,25%, a US$ 30,82 a onça-troy.

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