O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou já ter aprovado R$ 3,2 bilhões para projetos das "Rotas para a Integração", desenhado pelo Ministério do Planejamento no ano passado.
O montante foi comentado pelo presidente do Banco, Aloizio Mercadante no "Foro Internacional: Integración y Solidaridad Regional", realizado na sede do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), em Montevideo, no Uruguai.
O "Rotas" foi assinado em dezembro de 2023 e prevê investimentos de até R$ 50 bilhões, com recursos do BNDES, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do CAF e do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).
"O Rotas é importante porque vai unificar os dois oceanos, aumentar nossa competitividade, reduzir o custo logístico e permitir que as cadeias produtivas se integrem no comércio e no investimento regional. Nós precisamos ter projetos estruturantes e essas rotas são projetos estruturantes", disse Mercadante em intervenção no evento.
No âmbito do projeto das rotas, o BNDES apoia 29 empreendimentos no território nacional, entre financiamento para rodovias, ferrovias, aquisição de equipamentos para transporte de cargas; expansão de aeroportos; e investimento em energia no estado do Pará.
Trata-se, ao todo, de cinco rotas de integração: Rota da Ilha das Guianas (inclui Amapá e Roraima e partes do Amazonas e do Pará); Rota Multimodal Manta-Manaus (Amazonas e partes de Roraima, Pará e Amapá, interligada principalmente por via fluvial à Colômbia, Peru e Equador); Rota do Quadrante Rondon (Acre e Rondônia e por toda a porção oeste de Mato Grosso, conectada com Bolívia e Peru); Rota de Capricórnio (Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, a Paraguai, Argentina e Chile); e Rota Porto Alegre-Coquimbo (Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, Uruguai e Chile).