O apagão cibernético global que derrubou sistemas de companhias aéreas, empresas de telecomunicação e outros serviços mundo afora também afetou o funcionamento de hospitais de São Paulo, entre eles o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e o Sírio-Libanês.
De acordo com o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), cinco de 73 unidades consultadas pela entidade admitiram ter sofrido impactos, como instabilidade em sistemas e atraso nos atendimentos. Os que não foram impactados não utilizavam o provedor de cibersegurança CrowdStrike, apontado como sistema afetado pela falha.
O SindHosp não informou o nome dos cinco hospitais prejudicados, mas o presidente da entidade, Francisco Balestrin, afirmou que os pacientes podem ficar tranquilos porque as unidades "estão atentas para garantir o atendimento com a melhor qualidade possível".
A seguir, veja informações sobre a situação em alguns dos principais hospitais e laboratórios do Estado contatados pelo <b>Estadão</b> e a situação no momento.
<i>Hospital das Clínicas da USP</i>
No momento do apagão, os computadores que usam a plataforma Windows 10 no HCFMUSP foram afetados. No entanto, o hospital afirmou em nota que "o sistema já está em processo de estabilização, sem prejuízos relevantes aos serviços assistenciais".
<b>Hospital Sírio-Libanês</b>
O apagão cibernético afetou os sistemas de todas as unidades do Hospital Sírio-libanês, mas eles já foram restabelecidos, "sem grande impacto para nossos pacientes", segundo afirmou a assessoria de imprensa do hospital. A origem do problema foi a atualização do software de segurança da Microsoft.
Houve suspensão temporária do serviço de coleta de exames laboratoriais, uma vez que a empresa parceira que processa as amostras estava enfrentando o mesmo problema de instabilidade. Somente às 12h30 a coleta foi reestabelecida. "Todos os hospitais e unidades estão operando normalmente, com processos e serviços fluindo sem intercorrências", informou o Sírio.
<b>Hospital Albert Einstein</b>
O Einstein afirmou que observou impacto da falha global já na madrugada, "o que permitiu as correções necessárias". O hospital não informou quais foram os serviços afetados e se os atendimentos chegaram a ser impactados. Em nota enviada por volta das 13h, disse apenas que, "no momento, os sistemas já estão reestabelecidos e que "não há nenhum setor de atendimento aos pacientes inoperante".
<b>Fleury</b>
O Fleury afirmou que, "tão logo surgiu esse problema de tecnologia de impacto global, nossas equipes atuaram rapidamente para garantir a retomada segura das operações, o que está nos permitindo o atendimento aos clientes no dia de hoje".
<b>Dasa</b>
O grupo empresarial dono de redes como Delboni e Lavoisier, e hospitais como o Nove de Julho afirmou que não foi afetada pelo apagão.
<b>Rede D Or</b>
A Rede D Or informou que os serviços e atendimentos dos 73 hospitais seguem funcionando normalmente.
<b>Ministério da Saúde</b>
O Ministério da Saúde afirmou "que não foi impactado pelo apagão cibernético, pois não utiliza a solução/software que causou a indisponibilidade digital em outras áreas".
A reportagem está em atualização