Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 divulgaram comunicado conjunto, nesta sexta-feira, 26, em que ressaltam a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países para um ritmo menor do que o da média histórica no médio e longo prazo. Segundo os líderes do Grupo dos 20, a economia global se mostrou resiliente, mas a recuperação econômica ainda é muito desigual no globo.
O documento reafirma que o G20 continuará buscando a sustentabilidade fiscal e indica que os riscos de alta à economia global dependem de maior cooperação e de um impulso à produtividade. Porém, guerras, fragmentação política e eventos climáticos ameaçam o ritmo de crescimento global. A declaração conjunta diz que os ministros seguem encorajados com a possibilidade de um pouso suave, e pontua que eles pretendem calibrar melhor a política econômica do Grupo para impulsionar o crescimento, transmitindo-a sempre com transparência.
Quanto à atuação dos bancos centrais, o comunicado reconhece que a inflação global segue caindo de níveis elevados como resultado da política econômica restritiva dos Bcs, que "seguem fortemente comprometidos em ajustar a política econômica com base em dados". Os integrantes do G20 também reafirmaram o compromisso do Grupo em entregar bancos multilaterais mais efetivos, e expressaram solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, no Brasil, que foi afetado pelas fortes enchentes.
Desde o início da guerra da Ucrânia, a trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) não tinha conseguido chegar a um consenso para publicar um comunicado sobre as decisões do grupo. As edições da Indonésia e da Índia ficaram com vácuo de divulgações de communiqués. Para conseguir publicar o comunicado, a presidência brasileira recorreu à alternativa de desmembrar o texto, deixando as questões geopolíticas em uma declaração à parte assinada apenas pelo anfitrião.