As vendas do comércio varejista estão 12,3% abaixo do pico alcançado em outubro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio referentes a maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume vendido em maio estava 21,6% aquém do patamar recorde alcançado em agosto de 2012.
<b>Atividades</b>
Sete das oito atividades do comércio varejista registraram retração nas vendas em maio deste ano ante maio de 2019, segundo os dados do IBGE.
Na média global, o volume vendido pelo comércio varejista teve um tombo de 7,2%, a terceira taxa negativa consecutiva.
As perdas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-62,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-18,9%), Móveis e eletrodomésticos (-7,1%), Combustíveis e lubrificantes (-21,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-38,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-67,1%).
A única expansão nas vendas foi em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,4%). Segundo Cristiano Santos, analista do IBGE, o bom desempenho dos supermercados foi ajudado pelo pagamento do 13º salário de aposentados e pela liberação do auxílio emergencial.
Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas teve recuo de 14,9% em relação a maio de 2019. As vendas de Veículos, motos, partes e peças caíram 39,1%, enquanto Material de construção encolheu 5,2%.
De todas as dez atividades do varejo ampliado, apenas os supermercados não tiveram perda recorde em abril ante abril de 2019. Todos os demais segmentos tiveram o pior desempenho da série histórica, apontou Cristiano Santos, analista da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE.