Os três radares instalados em julho somente para testes na avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves ainda não foram retirados do local. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT) os equipamentos continuam em fase de testes.
A pasta informa que os radares foram instalados para uma avaliação técnica de desempenho e, se atenderem as expectativas da STT, servirão para uma futura contratação dos serviços. Os equipamentos ainda estão sendo avaliados e não há uma data precisa para sua retirada.
A auxiliar administrativa, Ângela Felix da Silva, 22 anos, comenta que a instalação dos radares é um absurdo. "Ao invés de colocar esses equipamentos, deveriam melhorar a qualidade do asfalto que está um lixo". Ângela também reclama que a presença da favela perto dos radares prejudica a segurança dos motoristas.
O empresário, Victor Bicalho, 20 anos, não concorda com a instalação dos equipamentos tão próximos um do outro. "Antes os radares até tinham uma função de fiscalização, mas agora existe uma política gananciosa por trás disso tudo". O conferente, William Serafim, 32 anos, considera que a via não apresenta necessidade para a instalação de tantos radares.
Segundo a Secretaria, cada radar desempenha uma função. Um, denominado híbrido, possui três funções de fiscalização: avanço semafórico no sinal vermelho, parada sobre travessia de pedestres e excesso de velocidade.
O segundo fiscaliza excesso de velocidade e o último, conhecido como OCR, faz a detecção dos caracteres das placas e verifica se o veículo possui algum tipo de pendência, bem como tem a função de fiscalização para invasão de faixa exclusiva, que futuramente será usado para fiscalizar os corredores de ônibus.
A pasta frisa que os equipamentos não estão autuando nenhum infrator. Os radares foram instalados no local por ser uma via de grande fluxo de veículos, e por estarem próximos da STT, que periodicamente vai ao local averiguar seu funcionamento e se há necessidade de alguma manutenção corretiva e, ou, preventiva.
