É visível o número crescente de invasões que se espalham pela cidade e aparentemente não existe um combate da prefeitura contra o crescimento desordenado. Tal situação pode ser observada na avenida Educador Paulo Freire, continuação da rodovia Fernão Dias, com a presença da favela do Palet, que já abriga cerca de 300 famílias.
Sem o mínimo de infraestrutura, pela ausência de energia e água encanada, os moradores vivem em barracos de madeira em péssimas condições e acumulam lixo no lado oposto da via. À noite, fogo é ateado nos entulhos, o que prejudica a visibilidade e segurança dos motoristas que trafegam na estrada.
Morador da favela há 3 anos, Douglas Bastos, 27, faz parte das 74 famílias que foram cadastradas para relocação, porém até o momento não recebeu nenhuma informação da prefeitura. "O cadastro foi feito em 2009 somente com as primeiras famílias que iniciaram a invasão, mas nossa situação não foi definida até agora".
Questionadas sobre o assunto, as Secretarias de Obras e Habitação ficaram de dar uma resposta para o jornal ainda nesta quarta-feira.
Além da favela do Palet, outra invasão foi iniciada na madrugada de sexta-feira para sábado, na avenida River, no Piratininga.
Conforme apuração do HOJE, o proprietário do terreno de 100 mil metros quadrados tem débito com a prefeitura há mais de 20 anos. Ontem de manhã, a Guarda Civil Municipal em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente expulsaram aproximadamente 300 invasores do local.
Em resposta ao questionamento sobre a desocupação preventiva da área citada, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que os invasores estavam cortando árvores e degradando a área verde. Ninguém habitava no local, só havia barracas e lonas. Trata-se de uma ação preventiva contra uma ocupação irregular.
A pasta advertiu os invasores, que caso eles não deixassem o local, a ocupação seria enquadrada como crime de parcelamento ilegal do solo.