Cidades

Comerciantes temem prejuízos com implantação de faixa de ônibus na Faria Lima

Previstas para serem implantadas durante este mês de junho, as faixas exclusivas de ônibus da avenida Brigadeiro Faria Lima, na região do Cocaia, já causam, segundo os comerciantes, prejuízos, com a proibição de estacionamento de veículos em frente aos estabelecimentos comerciais. Já o prefeito Sebastião Almeida (PT) afirma que não pode fazer nada e que os profissionais precisam se adaptar a nova realidade, já que o espaço é público e comum.
 
"Todo mundo precisa fazer a lição de casa! Do mesmo jeito que a Prefeitura e nós que encontramos uma cidade com vias muito estreitas, estamos falando que precisa alargar, os comerciantes também precisam se adaptar a essa nova realidade. Rua é um espaço público e um espaço comum e não pode ser utilizado como seu espaço de estacionamento preferencial, já que isso não existe em lugar nenhum do mundo", explicou o prefeito Sebastião Almeida sobre a implantação da faixa exclusiva, que receberá linhas municipais e intermunicipais desde a avenida Tiradentes até o Cocaia.
 
A comerciante Tatiana Morais declarou ser dependente do comércio de outros segmentos para movimentar o seu estabelecimento. Ela acredita que a implantação do equipamento pode lhe trazer inúmeros prejuízos financeiros, principalmente em função de não dispor de local para que seus clientes possam estacionar os veículos durante as compras.
 
"O melhor seria não ter esse corredor aqui. Uma vez que passar isso aqui, não vai ter condições de me manter, até porque uma avenida com essa largura não tem o que fazer. Teremos queda nas vendas. Com a economia em baixa no Brasil e ainda com o corredor na minha porta, fica sem a possibilidade do cliente parar para consumir, aí teremos uma queda", protestou.
 
Além dos inúmeros imóveis que existem para locação ou venda naquela via, o médico veterinário Marcelo de Souza enfatizou a dificuldade que os consumidores terão para acessar os estabelecimentos. "Teremos uma queda no movimento. As pessoas já não têm muito lugar para poder parar e os comerciantes são todos prestadores de serviço e dependentes das pessoas que vêm até o comércio e parem em algum lugar. Podemos notar que cerca de 90% dos comércios são prestadores de serviço. Eles precisam que as pessoas venham com seus veículos. Aqui tem lojas de carro, borracharia, cabeleireiros e dificilmente vêm a pé por se deslocarem de longe", encerrou.
 

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