Um acordo, firmado em 9 de agosto, entre professores da rede municipal que estavam em greve e a Prefeitura, no Tribunal Regional do Trabalho de SP, não foi cumprido pela administração municipal. Ficou estabelecido que o governo municipal daria continuidade às tratativas para atender reivindicações da categoria, segundo informa o Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Municipal) que, na ocasião, orientou os professores a retornar aos trabalhos, já que o movimento estaria desgastado após mais de duas semanas de paralisação.
Pelo acordo, haveria uma primeira CPN (Comissão Permanente de Negociação) dia 7 de novembro. Porém, a Prefeitura remarcou para o dia 29. Segundo informa o Stap, no dia 29, a Secretaria de Administração entrou em contato com Sindicato, desmarcando a reunião agendada. Mas não deu qualquer explicação.
“Com essa postura, o governo municipal mostra, outra vez, desrespeito com a Justiça, descaso com os professores e falta de compromisso com os direitos trabalhistas”, afirma Pedro Zanotti, presidente da entidade.
Em nota, “o Sindicato repudia, veementemente, essa postura patronal. Também lamentamos o clima de fim de feira reinante no Paço Municipal. Ao mesmo tempo, conclamamos os companheiros da Educação a seguir firmes em suas justas reivindicações. Até porque haverá mudança no comando do Município e nós precisamos estar atentos e mobilizados. O Servidor não pode, nem aceita, pagar a conta da má gestão pública. Nossa luta segue e não terá trégua”.
Nesta quinta-feira, o Sindicato se reúne com a Comissão de Trabalhadores que participou da negociação durante aquela greve a fim de traçar os próximos passos da luta.