Cidades

Empresa garante preservação de mata em ampliação de aterro no Cabuçu

Em meio às polêmicas sobre a ampliação do aterro oCDR Pedreira na região do Cabuçu, a empresa garante que não haverá desmatamento da vegetação nativa com a implementação do projeto, como temem moradores do bairro entrevistados pelo GuarulhosWeb. “Na concepção da ampliação, a principal preocupação do CDR Pedreira foi com a preservação ambiental. Tanto que no projeto foi definida a preservação de aproximadamente 700.000 m² da vegetação do imóvel, sendo prevista a intervenção na vegetação em apenas 1% da área total do terreno”, disse o diretor do CDR, Fábio Zampirollo. Ainda de acordo com o executivo, a empresa vai plantar quase 90.000 mudas de árvores nativas até o final da sua operação como compensação ambiental.
 
Zampirollo também ressaltou que a área pertencia a uma antiga mineradora, atualmente desativada, e, que desde o início dos anos 2000, o espaço é usado para o descarte de resíduos do desassoreamento e canalização do Rio Cabuçu de Cima, da limpeza do Rio Tietê e das obras do Rodoanel. “Portanto, a ampliação do aterro ocorrerá em áreas já degradadas e que pretendemos recuperar”, afirmou.
 
Preparação do terreno
Para um terreno virar um aterro sanitário é necessário ter uma série de cuidados. Segundo o engenheiro agrônomo Rerison Catarino da Hora, o ambiente precisa estar bem equipado para que não haja vazamento de chorume (líquido oriundo da decomposição de materiais orgânicos) e do gás metano. 
 
Questionado pela reportagem sobre estes riscos, Zampirollo declarou que o CDR vai empregar as melhores tecnologias possíveis para que não haja ameaças ao meio ambiente. “A primeira etapa e a mais importante entre as várias ações de proteção ambiental é a impermeabilização da base do terreno, pois visa a preservação do solo e das águas subterrâneas ”, explicou.
 
O diretor argumentou que, em razão deste cuidado, serão instaladas algumas camadas de cobertura. “Destaco a Geomembrana de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), com espessura de 2 mm, devidamente soldada e testada, além do Geocomposto Bentonítico, que é uma barreira que será instalada abaixo da Geomembrana, atuando como um elemento de segurança. Este material é constituído de geotêxtil com bentonita no seu interior. Vale destacar que a bentonita é um impermeabilizante natural e altamente eficiente”, salientou.
 
Zampirollo acrescentou que, além destas camadas de proteção, o CDR vai instalar um sistema de drenagem com pedras e tubulações para a captação do chorume. “Assim, não haverá agressão ao ecossistema”, ressaltou.
Durante a operação e após o encerramento, algo entre 20 e 40 anos, a empresa, de acordo com o executivo, realizará diversos monitoramentos ambientais, “cuidando do desenvolvimento da vegetação e da fauna locais, garantindo, assim, a total proteção e preservação do meio ambiente e da região”, concluiu.
 

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