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Acesso ao Manequinho Lopes, no Ibirapuera, é restrito

A Prefeitura limitou o acesso de visitantes ao Viveiro Manequinho Lopes, no Parque do Ibirapuera, zona sul da capital. Portaria publicada ontem no Diário Oficial da Cidade restringe a área passível de visitação e reduz em uma hora o período em que o espaço fica aberto durante a semana – aos sábados, domingos e feriados, a entrada é proibida. Além disso, desde ontem visitas só são permitidas com agendamento prévio e companhia de monitores.

Determinadas pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, as mudanças têm por objetivo oficial garantir a integridade do patrimônio público, assim como a dos funcionários e usuários do viveiro. A secretaria afirma que tomou tal medida após registrar atos de vandalismo, como depredação de estufas, e comportamentos inadequados, como frequentadores que usam torneiras e tanques para tomar banho ou lavar cachorros. Diversos servidores já teriam sido mordidos por animais.

O Estado apurou ainda que a publicação da portaria tem relação direta com a redução do número de seguranças privados no parque. Funcionários relatam que, de acordo com o horário do dia, os acessos ao viveiro, seja pela Avenida República do Líbano ou pela Avenida IV Centenário, são feitos sem nenhuma vigilância.

Com o novo regulamento, as visitas ficam condicionadas à disponibilidade de datas e horários e ainda à permissão direta do diretor do Divisão Técnica de Produção e Arborização (Depave-2). Elas poderão ser solicitadas de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas.

Durante o percurso, o público terá de seguir um roteiro preestabelecido, que não passa, por exemplo, pela área onde ficam armazenadas as mudas de árvores e plantas destinadas ao trabalho de compensação ambiental. Parte das quadras de matrizes e de estoque de mudas envasadas, prontas para o fornecimento aos órgãos públicos municipais, também foi vetada. Já os corredores das estufas e dos estufins (canteiros suspensos) continuarão a ser expostos aos visitantes.

Em nota, a secretaria ressaltou que o viveiro é tombado pelos órgãos do patrimônio histórico e, por isso, é preciso tomar medidas para preservá-lo. “A restrição ao acesso também se dá a fim de preservar as estruturas físicas do viveiro que são tombadas, tais como quadras de produção, estufas, quadras de acondicionamento de árvores, estufins e ripados, que são áreas de produção e abrigam todo o banco genético de nossas matrizes de plantas, bem como o acondicionamento de mudas arbóreas provenientes de Termos de Compromisso Ambiental (TCA).”

Histórico
Em funcionamento no mesmo terreno desde 1928, o viveiro produz mudas de plantas destinadas aos plantios das áreas públicas. A gestão Fernando Haddad (PT) afirma que as restrições não impedirão o cidadão de conhecer e visitar o espaço, que mantém sua função original de produção até hoje.

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