Acusado de matar dois em protesto antirracista nos EUA é solto após pagar fiança

Acusado de matar durante duas pessoas durante um protesto em Wisconsin, nos EUA, o adolescente Kyle Rittenhouse foi libertado nesta sexta-feira, 20, após pagar uma fiança de US$ 2 milhões.

Rittenhouse, de 17 anos, foi filmado atirando contra pessoas que participavam de uma manifestação antirracista motivada pelo caso Jacob Blake. Dois manifestantes, Joseph Rosenbaum e Anthony Huber, morreram, e outro, Gaige Grosskreutz, ficou ferido.

O adolescente enfrenta várias acusações, incluindo de homicídio doloso, imprudência e porte ilegal de armas. A lei de Wisconsin não permite que menores de 18 anos carreguem ou possuam uma arma, a menos que estejam caçando. Ele deve voltar ao tribunal em 3 de dezembro para uma audiência preliminar.

Rittenhouse, de Antioch, Illinois, disse à polícia que foi atacado enquanto protegia uma empresa e que atirou em legítima defesa.

O caso assumiu conotações políticas. Conservadores retrataram Ritetnhouse como um patriota que exerceu seu direito de portar armas durante distúrbios. Um fundo de defesa legal para ele atraiu milhões de dólares em doações, e sua mãe foi aplaudida de pé por mulheres em um evento do Partido Republicano no Condado de Waukesha em setembro.

O pai de Huber, John Huber, pediu ao Comissário do Tribunal do Circuito do Condado de Kenosha, Loren Keating, durante uma audiência em 2 de novembro, para definir a fiança de Rittenhouse entre US$ 4 milhões e US$ 10 milhões. Huber disse que Rittenhouse pensa que está acima da lei e notou o esforço para levantar dinheiro em seu nome. Ele também sugeriu que grupos de milícias o esconderiam da polícia se ele fosse libertado.

O advogado de Rittenhouse, Mark Richards, pediu uma fiança de U$ 750 mil. No final das contas, Keating estabeleceu a fiança em US$ 2 milhões, dizendo que Rittenhouse apresentava risco de fuga, dada a seriedade das acusações contra ele.

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