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Alckmin assina contrato de PPP para VLT na Baixada Santista

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou nesta terça-feira, 23, em Santos, um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) com o consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, que vai responder pela operação do Sistema Integrado Metropolitano (SIM). O SIM integra as linhas metropolitanas de ônibus com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que tem previsão de entrega à população no primeiro semestre do ano que vem.

Logo após a assinatura do contrato, as autoridades presentes participaram de um teste no primeiro VLT fabricado no Brasil, percorrendo um trecho de 6,1 quilômetros, ao longo de nove estações, entre Santos e São Vicente.

“Esta PPP é importante, porque vai possibilitar a integração entre as linhas regulares de ônibus com o VLT”, afirmou Alckmin, lembrando que o governo do Estado está liberando R$ 134 milhões de verba para a primeira fase do VLT, que contempla 15 estações e liga a região do Canal dos Barreiros, em São Vicente, à Avenida Conselheiro Nébias, no bairro do Boqueirão, em Santos. A segunda fase da obra, que atingirá o Porto de Santos, está em fase de avaliação ambiental pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

Por meio da parceria, a BR Mobilidade Baixada Santista ficará responsável, por um período de 20 anos, pela prestação de serviços de transporte intermunicipal metropolitano, incluindo a operação do VLT, além do fornecimento de equipamentos e sistemas de controle operacional e a implantação da bilhetagem eletrônica, somando um investimento de R$ 600 milhões. O contrato de PPP é de R$ 5,6 bilhões.

O consórcio já adquiriu 100 ônibus novos, o que reduzirá a idade média da frota regional para dois anos, conforme previsto em cláusula contratual. O novos ônibus têm capacidade para 71 passageiros e possuem elevador, espaços para cão-guia, bancos reservados para pessoas obesas, idosos e com deficiência.

De acordo com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), o valor da tarifa do VLT será de R$ 3,60, enquanto que o bilhete integrado, envolvendo ônibus e VLT, custará R$ 3,80, tanto em Santos, quanto em São Vicente. Desde novembro, a população de São Vicente já podia participar dos testes no VLT, uma vez que boa parte das obras estava concluída, com a entrega de quatro estações.

Novidade

O VLT entre dois municípios é fato inédito no Brasil. Ele vai funcionar com 22 composições, sendo três delas fabricadas na Espanha e outras 19 no Rio de Janeiro. Cada uma delas vai transportar 400 passageiros, sendo 72 sentados. Nesta terça, foram entregues em Santos as estações Nossa Senhora de Lourdes e Pinheiro Machado, incluindo um túnel na divisa entre as duas cidades e mais duas estações em São Vicente: Itararé e João Ribeiro. A EMTU calcula que 95% das obras no município de São Vicente já estejam concluídas, enquanto que em Santos faltam 40% para a conclusão.

A entrega das novas estações e o passeio-teste pelo VLT fizeram parte da abertura do 20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito que, pela primeira, é realizado fora de uma capital e continua até quinta, 25, no Mendes Convention Center. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, participou da abertura do encontro. Ele lembrou que o transporte público é uma preocupação crescente da população, que há dois anos foi às ruas para exigir melhor condição de transporte.
“Só o governo federal já investiu R$ 1,7 bilhão no transporte público na região metropolitana da Baixada Santista”, disse. De acordo com Kassab, após os protestos, as grandes cidades sentiram o clamor das ruas e passaram a investir mais no setor.

Em seu discurso de abertura, o governador Geraldo Alckmin defendeu a necessidade de mais recursos para os setores de infraestrutura e logística. “Só numa obra do metrô, na capital, temos 3 mil pessoas trabalhando diretamente, fora os trabalhadores indiretos”, disse.

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