Cidades

Almeida confirma que irá ajudar na compra do prédio que abrigará legislativo

Câmara terá que cortar despesas se quiser ajuda da Prefeitura para aquisição de sede

O prefeito Sebastião Almeida confirmou na tarde de ontem que vai ajudar o Legislativo na compra de sua sede própria (prédio da antiga fábrica de Tapetes Lourdes, na Vila Augusta) desde que a Câmara Municipal faça cortes em algumas de suas despesas. "Tudo o que for possível fazer com o recurso do duodécimo que tenho que repassar anualmente a Câmara, eu farei. A única questão é que se eu tiver de colocar mais recurso para o compra do prédio, eu vou deixar de repassar a Câmara Municipal o valor para outras atividades.

A câmara terá de deixar fazer coisas e fazer cortes em algumas despesas que tem hoje para poder sobrar recursos necessários para fazer investimento no prédio", disse após a assinatura, na tarde de ontem, de um termo de cooperação com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC- SP).

O pedido de ajuda ao Executivo vindo do presidente do Legislativo, Eduardo Soltur (PSD) aconteceu após a juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi, da 5ª Vara Civil de Guarulhos, não ter aceitado o valor de venda do prédio por R$10,5 milhões (negociado entre a Câmara e credores da empresa) uma vez que não seria o suficiente para quitar as dívidas reclamadas na Justiça. A juíza então fixou o valor do prédio em 14,8 milhões.

"Quem vai decidir a compra pelo valor fixado é o Legislativo. Se a decisão for pela compra do prédio, a Prefeitura não vai medir esforços para ajudar a viabilizar esse negócio. Entendo que é um passo importante para a cidade que a Câmara Municipal tenha sua sede própria", declarou o prefeito.

Infraero – Almeida comentou também sobre a declaração exclusiva do presidente da Infraero, Gustavo do Vale, ao HOJE na semana passada, sobre o pagamento da dívida de R$ 450 milhões que a estatal tem com o município. Segundo Vale, a dívida seria paga em maio deste ano mas, estranhamente, dois dias após sua declaração, a Infraero desautorizou seu presidente. "A divida existe tanto é que está ajuizada. Nós estamos buscando na Justiça poder receber os recursos que são devidos. Tudo aquilo que a Infraero não pagou nesse período já está na dívida ativa, portanto, existe uma dívida mas que o jurídico da Infraero não reconhece. Entendemos que ela é devida e vamos buscar que seja paga enquanto houver recurso na Justiça", finalizou o prefeito.

Posso ajudar?