O ministro da economia, Paulo Guedes, aproveitou um seminário que debate propostas para o desenvolvimento do mercado de gás natural para dizer que o novo coronavírus veio de fora e que é "cretino atacar o governo do seu próprio país em vez de ajudar num momento como esse". Ele admitiu que existem erros, mas que o governo espera a ajuda de todos.
"Ninguém quer apoio a erros. Erramos, nos critique, mas nos ajudem", disse ele.
Guedes afirmou que o governo não está na luta para salvar vidas e ficar sendo apedrejado enquanto ajuda. Ele disse que isso não o afeta, mas que é um crime contra a população brasileira.
Segundo o ministro, é uma virtude da democracia a demarcação de território e que "um pisar no outro é natural". "Se um poder pisa no meu pé, eu dou um empurrão. Isso é natural e é da própria crise", comentou, acrescentando que a economia não anda sem a saúde e nem a saúde será garantida sem a economia.
Ele afirmou ainda que o governo continua resiliente e inabalável de furar duas ondas, a da saúde e a econômica, e fez um pedido para que as brigas entre os poderes sejam evitadas.
Segundo ele, a briga deve acontecer só quando o barco chegar na margem. "Então, se briga na margem. Se brigar no barco, o barco naufraga", disse.
Para Guedes, os sinais vitais da economia brasileira estão mantidos. "Pode ser um V e até um L de cair e virar depressão. Só depende de nós. Prefiro trabalhar com um V", disse, em referência à forma da retomada da atividade.
O ministro comentou ainda que democracia brasileira é barulhenta, mas que está se aperfeiçoando.
Segundo ele, o retorno ao trabalho será segmentado e não ao mesmo tempo. "será por unidades geográficas", afirmou.