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Após a contratação de Hernanes e Pablo, São Paulo deve mudar esquema

O São Paulo versão 2019, reforçado até o momento por dois jogadores que chegam para serem titulares e desfalcado de peça importante nos primeiros meses do ano, tem tudo para ganhar nova cara do técnico André Jardine. Na verdade, é certo que para encaixar Hernanes e Pablo na formação titular, o treinador terá de tirar gente de peso do 11 inicial.

O melhor momento da equipe, ainda sob o comando de Diego Aguirre, deu-se no esquema 4-3-3, com dois atacantes de velocidade nas pontas (Everton e Rojas), Diego Souza atuando de centroavante, e Nenê na armação. No meio-campo, dois volantes mais marcadores: Hudson e Jucilei, principalmente, mas se revezando com Liziero e Luan.

A lesão ligamentar no joelho direito sofrida em outubro deixará o equatoriano Rojas fora de ação pelo menos até abril, tempo médio de recuperação para este tipo de contusão. Será a primeira mudança certa no time.

A questão, então, passa a ser manter o 4-3-3 ou optar por um 4-4-2, deixando o meio mais robusto. Se quiser preservar o primeiro esquema, Jardine não poderia, por exemplo, utilizar Diego Souza como ponta. Ele não tem característica de marcação nem fôlego para recompor a lateral do campo quando o time perder a bola. Se recuar o artilheiro do São Paulo no ano (16 gols) para o meio-campo, então será Nenê quem correrá risco de ir para o banco. O camisa 10 terminou a temporada em baixa, mas ainda é tido como um dos atletas mais talentosos do grupo.

Fato é que alguém terá de sair para Pablo entrar, e este também não costuma jogar pelos lados. É mais finalizador, precisa estar dentro da área para render.

Ainda no meio, há uma questão de característica defensiva e ofensiva importante para Jardine resolver. Hernanes, por exemplo, até poderia atuar como segundo volante, mais distante da área adversária. Com ele ao lado de Nenê ou Diego Souza na armação, a equipe ficaria apenas com um jogador de contenção atuando à frente da zaga: Hudson, Jucilei, Liziero e Luan brigariam por tal vaga.

Porém, o time estaria mais exposto aos contra-ataques. Hernanes também não tem na “pegada” sua grande virtude. Assim, outra alternativa seria manter dois volantes de marcação e utilizar o Profeta na armação, algo que ele já desempenhou no segundo semestre de 2017, durante sua segunda passagem pelo Morumbi.

Por fim, na zaga, mesmo com a ida de Rodrigo Caio ao Flamengo, o São Paulo ainda tem três boas peças lutando por dois lugares no time: Arboleda, Bruno Alves e Anderson Martins. Com Aguirre, uma espécie de rodízio foi feito, e os três acabaram atuando praticamente a mesma quantidade de jogos cada.

Assim, uma possível escalação do time ideal de Jardine teria: Tiago Volpi; Bruno Peres, Arboleda, Bruno Alves (Anderson Martins) e Reinaldo; Hudson (Jucilei), Hernanes, Diego Souza e Nenê (Liziero ou Jucilei); Everton e Pablo.

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