Economia

Após cinco greves este ano, sindicatos querem servidores do BC mais atuantes

Sindicatos de funcionários do Banco Central enviaram para seus representados um comunicado de final de ano dizendo que é preciso construir uma pauta nacional unificada em 2015, com o intuito de mobilizar os servidores a cobrar reposição de perdas salariais e cumprimento do acordo fechado com o governo. Este ano, a categoria realizou cinco greves para reivindicar a modernização da carreira no BC.

“Fica claro que a proposta de Modernização da Carreira de Especialista do Banco Central não é uma demanda apenas dos servidores e dos sindicatos, mas uma vontade institucional, pois pretende reposicionar os servidores entre as melhores carreiras do serviço público federal”, trouxe o documento, também encaminhado à imprensa por e-mail. Para os sindicatos, o “alto grau de responsabilidade desta Autoridade Monetária” auxiliará o alinhamento do corpo funcional com a visão de futuro do BC.

Na avaliação das entidades, a decisão “sobre que Natal os servidores do BC terão em 2014” está nas mãos do presidente Alexandre Tombini. A mensagem lembra que Tombini assumiu há cerca de três meses a condução pessoal da Modernização da Carreira de Especialista, pedindo um voto de confiança aos servidores e se comprometendo a resolver a pendência até o fim deste ano. “Confiamos na seriedade do ministro Tombini, mas ainda estamos aguardando uma resposta indicando que os acordos serão cumpridos pelo governo.”

O Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SinTBacen) e o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF) encaminharam em novembro pedido de audiência com o presidente, mas informaram que não obtiveram resposta até o momento. Na última segunda-feira, 8, representantes das duas entidades disseram que foram ao gabinete de Tombini solicitar novamente uma audiência.

Ontem, durante audiência pública na Comissão de Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, Tombini salientou que a validade do concurso público para as carreiras do BC foi prorrogada até setembro de 2015. Segundo ele, ainda faltam 150 analistas e técnicos. “O BC está tratando com o governo a conclusão desse procedimento nos próximos trimestres”, disse. “Sobre a modernização da carreira (de técnico), nós temos simpatia. Continuaremos o diálogo com o governo nesta matéria”, completou.

No último concurso, foram contratados 250 analistas e 50 técnicos, número que foi considerado insuficiente pelo diretor de Administração do BC, Altamir Lopes. Segundo ele, o edital prevê a entrada de 400 analistas e de 100 técnicos.

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