Após três adiamentos, a prefeitura do Rio deve definir em 6 de outubro o vencedor da licitação para explorar pelos próximos 25 anos o Parque Olímpico da Barra, na zona oeste. A previsão do município é que a Parceria Público-Privada (PPP) represente aos cofres públicos um custo anual de cerca de R$ 13 milhões. Pelo edital publicado, o desembolso máximo previsto poderá chegar a R$ 22,48 milhões.
Pelo menos quatro empresas já teriam manifestado interesse em administrar o parque, que sediou 16 modalidades olímpicas durante os Jogos. Das nove instalações que compõem o espaço, sete serão mantidas: as Arenas Cariocas 1, 2 e 3, o Parque Aquático Maria Lenk, a Arena Rio, o Velódromo e o Centro Olímpico de Tênis. A Arena do Futuro será desmontada e transformada em escolas, enquanto que o Estádio Aquático será desmembrado – tudo a cargo da empresa que oferecer a menor proposta de contrapartida. Uma pista de atletismo, um alojamento e duas quadras de vôlei de praia deverão ser construídas.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse nesta segunda-feira estar otimista. “Você tem aí basicamente uma geração de renda forte, que é a Arena Carioca 1, que é a maior delas, e a gente está incluindo na PPP a manutenção do Centro Olímpico de Treinamento, que é administrado pelo COB. É um modelo interessante. Essa PPP está avançando. Vamos encerrar esse processo nos próximos 30 ou 60 dias”, afirmou Paes.
O prefeito defendeu a liberação de até R$ 150 milhões por parte do município para o Comitê Rio-2016 cumprir compromissos dos Jogos Paralímpicos. Até o momento, R$ 30 milhões foram gastos para bancar passagens aéreas dos atletas, mas a previsão é de que mais uma parte do montante seja utilizada.
“Nós trabalhamos lado a lado com o Comitê Organizador desde o início. Havia o discurso forte de o comitê se manter com seu orçamento. Mantiveram na Olimpíada e precisaram depois”, disse Paes. “A prefeitura do Rio já aportou R$ 30 milhões, e pagamos isso com muita satisfação. Não poderíamos ter deixado que os Jogos Paralímpicos não acontecessem. Se comparar qualquer tipo de subsídio governamental com os custos dos Jogos, a contribuição é absolutamente ínfima.” O orçamento do Comitê Rio-2016 é de US$ 2,8 bilhões (R$ 9,15 bilhões).
MUSEU – Encerrados os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, os organizadores se movimentam agora para tentar viabilizar um museu que conte a história da competição. Ele deve ser instalado na Ilha Pombeba, na Barra da Tijuca. A ilha, com cerca de 50 mil m², foi cedida pelo governo do Estado ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), que pretende erguer uma nova sede no local. A intenção é que o museu seja bancado por patrocinadores privados.