Depois de uma longa novela sobre o palco do confronto, Palestina e Arábia Saudita finalmente se enfrentaram nesta segunda-feira pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2018. No Estádio Internacional de Amã, na Jordânia, as duas seleções decepcionaram e não passaram de um empate por 0 a 0.
O resultado manteve a Arábia Saudita na liderança do Grupo A das Eliminatórias, com 13 pontos. Já a Palestina tem apenas seis, na terceira colocação, e precisará de vitórias nas últimas rodadas se quiser ir à próxima fase. O primeiro colocado avançará automaticamente, assim como os quatro melhores segundos lugares entre todas as chaves.
Mas o confronto já vinha causando polêmica antes mesmo do apito inicial. Esta partida deveria ser a primeira oficial da Palestina atuando em seu território, já que estava marcada para acontecer na quinta-feira passada, em Ramallah. Após uma reunião da Fifa com autoridades locais, no entanto, os próprios palestinos alegaram que não poderiam garantir a segurança nos arredores do local onde ocorreria o confronto.
Na última terça-feira, a PFA emitiu comunicado para lamentar a decisão da Arábia Saudita de se recusar a jogar em Ramallah. O jogo só havia ido para a cidade quando a Fifa recebeu garantias de segurança, indo contra o veto inicial dos sauditas, que temeram falta de condições de segurança e retaliações de Israel na passagem pelos postos de controle, uma vez que são os israelenses controlam as entradas e saídas da Palestina. A Arábia Saudita argumentou ainda que não tem relações diplomáticas com Israel.
Foi somente no último dia 21 de outubro que a Fifa autorizou a Palestina a sediar no seu território a partida da sua seleção nacional, no que então foi considerada uma vitória diplomática de Joseph Blatter, dias antes de o suíço ser suspenso por 90 dias pelo Comitê de Ética da entidade. Ele realizou negociações em Zurique após a federação saudita inicialmente se recusar a jogar em Ramallah, no dia 13 de outubro.
Naquela ocasião, as autoridades palestinas acusaram a Arábia Saudita de terem adotado uma cautela exagerada ao se recusarem a passar pelo território de Israel por questões de segurança para disputar o jogo. A Fifa originalmente mudou o palco do confronto para a Jordânia, mas depois voltou a partida para a Palestina após ter recebido garantias de segurança, que agora não existem mais.