Em viagens reais à Ásia e aos Estados Unidos, a Arábia Saudita embarcou em uma ambiciosa missão para seduzir investidores globais e buscar oportunidades no exterior, colocando uma nova marca de diplomacia econômica no coração da política externa do reino. A intenção é persuadir os três maiores compradores do petróleo saudita – os EUA, a China e o Japão – a ampliar seus laços comerciais com o país, no momento em que ele busca reduzir sua dependência da receita com o petróleo.
O rei Salman, acompanhado por uma comitiva de mais de mil pessoas, está concluindo um giro pela Ásia que pode render bilhões de dólares em potenciais acordos. A última parada é a China, onde houve conversas com o presidente chinês, Xi Jinping, e os dois lados assinaram acordos, entre eles uma proposta para 35 projetos no valor de até US$ 65 bilhões, informou a agência estatal Xinhua, que citou como fonte o vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Zhang Ming.
O poderoso príncipe Mohammed bin Salman, encarregado da economia e da defesa da Arábia Saudita, realiza visita aos EUA. Na terça-feira, ele se reuniu na Casa Branca com o presidente Donald Trump. As duas partes concordaram com um plano conjunto de quatro anos para cooperação econômica e potenciais investimentos de mais de US$ 200 bilhões em energia, indústria, infraestrutura e tecnologia, segundo o governo americano. Os acordos poderiam gerar 1 milhão de empregos nos EUA e um número não especificado de vagas na Arábia Saudita.
A economia saudita, a maior do Oriente Médio, luta para ganhar impulso após o prolongado período de petróleo barato forçar Riad a reduzir seus gastos de capital e também subsídios em água, combustíveis e eletricidade. A prioridade do governo é gerar mais receita de fontes que não o petróleo e acelerar o crescimento no setor privado. No ano passado, a receita com o petróleo gerou 62% da receita do governo. Fonte: Dow Jones Newswires.