Economia

Arábia Saudita vai importar carne do Brasil, diz Geller

O ministro da Agricultura, Neri Geller, disse nesta terça-feira, 18, que as exportações de carne bovina para a Arábia Saudita serão reiniciadas em dezembro, após a visita de um grupo de técnicos sauditas para inspecionar frigoríficos brasileiros.

A visita ocorrerá nos próximos dias e, após a análise por amostragem do rebanho brasileiro, o governo de Riad vai publicar um decreto habilitando os frigoríficos exportadores. “Temos uma previsão de começar as exportações a partir da segunda quinzena de dezembro. Conseguimos superar todos os embargos técnicos”, disse.

Geller participou na semana passada de reuniões com o governo saudita para negociar a reabertura de mercado, embargado por decisão de Riad em 2012, após a constatação de um caso atípico de vaca louca no Paraná. A expectativa agora é de que a retomada da corrente bilateral com a Arábia Saudita também auxilie na ampliação de mercado no Golfo Pérsico. “Se nós abrirmos o mercado para a Arábia Saudita automaticamente abrimos para todo o Golfo”, indicou o ministro.

O Brasil exportou U$ 250 milhões em carne bovina para o Golfo em 2012, sendo US$ 156 milhões para o mercado saudita. A expectativa oficial é de que a região dobre esse volume. “Vamos recuperar esse mercado de US$ 250 milhões. Mas a informação que temos é de que nesses dois anos mudou muito e está mudando o habito alimentar desses países e, consequentemente, acreditamos que tem um potencial de chegar de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões”, estimou.

Açúcar

O ministro relatou também que há interesse de fundos de investimentos sauditas na produção de açúcar no Brasil. Eles estariam interessados em fazer parceria para comprar uma cota fixa de 1 milhão de toneladas do produto in natura para industrializar na Arábia Saudita.

“Nós nos reunimos com alguns fundos e também empresários que estão interessados em investir em plantas industriais de refino de açúcar. Eles estavam sabendo da nossa agenda lá e fomos procurados pelo governo para fazer uma reunião com esses fundos”, relatou.

Geller não entrou em detalhes sobre o potencial de comércio que esses investidores sauditas podem gerar, afirmou apenas que são investidores ligados a uma única indústria açucareira saudita. “Há interesse desses fundos de investir na produção de açúcar in natura para ser exportado e industrializado nessa planta da Arábia Saudita”, disse.

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